O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) adiou o fim da coleta de dados do Censo Demográfico 2022 do final de outubro para dezembro. O motivo da decisão do órgão é a falta de funcionários para fazer o levantamento.
O que pode estar causando a baixa quantidade de funcionário é o baixo valor de remuneração. O Censo Demográfico teve o orçamento de R$ 2,3 bilhões, sendo que 80% do valor é destinado para a contratação temporária de profissionais.
No estado de São Paulo, por exemplo, atualmente cerca de 19 mil pessoas estão ocupando o cargo de fazer o levantamento do Censo 2022. Este número representa 40% menos pessoas do que era esperado inicialmente pelo IBGE. Outros estados como Mato Grosso e Sergipe estão com a mesma escassez.
Segundo o IBGE, considerando os 452.246 setores censitários urbanos e rurais do país, 282.838 estão sendo trabalhados (62,54% do total). O estado mais adiantado em termos de percentual de setores trabalhados é Sergipe (80,78%), seguido por Rio Grande do Norte (79,69%) e Piauí (79,06%). Já os estados de Mato Grosso (38,49%), Roraima (45,18%) e Acre (48,79%) são os com menor percentual de setores trabalhados.
Os dados levantados pelo Censo revelam as tendências e os parâmetros sobre nascimentos, mortes e migração, que são utilizados para a elaboração de projeções, estimativas populacionais e políticas públicas específicas.
O Censo é, também, a única fonte de referência nacional para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios, com detalhamento por divisões administrativas de cada prefeitura e, ainda, por áreas urbanas e rurais.
Desde o início da operação do Censo Demográfico 2022, em 1º de agosto, foram recenseadas 104.445.750 pessoas, em 36.567.808 domicílios no país. Destas, 42% estavam na Região Sudeste; 27% no Nordeste; 14,3% no Sul; 8,9% no Norte e 7,8% no Centro-Oeste. Até o momento, 48% da população recenseada eram homens e 52%, mulheres.
