Uma mulher suspeita de envolvimento na morte do ciclista Vitor Medrado, na região do Parque do Povo, na Zona Oeste de São Paulo, foi presa pela polícia. A informação foi confirmada com exclusividade à Band pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Segundo Derrite, a mulher presa é líder da quadrilha. Ela fomentava e contratava criminosos para realizarem roubos no Itaim Bibi, Morumbi, no centro expandido da capital e em outras regiões de São Paulo. Com ela, foram apreendidos armas de fogo, capacetes e bags.
“Uma importante prisão da líder dessa quadrilha, a criminosa que fomentava e contratava todos os criminosos. Essa mulher, apontada como chefe dessa quadrilha após investigação da Polícia Civil, chegou até essa diligência e realizou essa prisão. Foram apreendidas, com ela, três armas de fogo, sendo dois revólveres e uma pistola, vários capacetes e bags, muitos aparelhos celulares, computadores e joias”, afirmou Guilherme Derrite à Band.
“Então, comprovando essa cadeia ilícita e que essa criminosa que, infelizmente, é uma mulher que já foi presa em outras oportunidades pelas forças policiais. Presa por posse ilegal de arma, receptação, mas essa prisão tem fator relevante não só pela morte de Vitor Medrado, mas, principalmente, pela resposta e pela possibilidade da continuidade das investigações que buscam chegar nos dois criminosos”, completou o secretário de Segurança Pública.
Guilherme Derrite afirmou que, com a apreensão de celulares, os dados dos aparelhos serão extraídos e as armas passarão por exames de comparação balística.
Ao ser questionado sobre a quadrilha, o secretário de Segurança Pública afirmou que era um grupo grande, que tinha uma residência na comunidade de Paraisópolis como “sede”.
“É uma quadrilha muito grande e o que comprova isso são os objetos apreendidos. Isso comprova que o trabalho de investigação apontava para a chefe dessa quadrilha e estava correto. Ela fomentava uma rede criminosa grande, que cometia vários assaltos”, reforçou.
“Para se ter uma ideia, é tão absurdo que ela tinha tabelado o preço que pagava por cada modelo, como iPhone 15 e aparelhos Samsung. Com isso, comprova a chefia dela e que era mentora dessa grande cadeia criminosa”
Ao Bora Brasil, Guilherme Derrite voltou a lamentar a morte de Vitor Medrado e parabenizou o trabalho da polícia pela prisão da líder da quadrilha.
“Agora, o que a gente espera no nosso país, não só como secretário, mas como parlamentar, espero que o Congresso Nacional, de fato, altere as leis”
Ciclista morto em SP
Vitor Felisberto Medrado foi baleado e morto durante um assalto em 13 de fevereiro ao lado do Parque do Povo, na região do Itaim Bibi, área nobre da capital. Câmeras de segurança registraram a ação.
De acordo com a investigação, o homem atravessou a rua por volta das 6h10 para ir em direção à ciclovia da Marginal Pinheiros. Neste momento, dois criminosos se aproximaram em uma moto e anunciaram o crime. A vítima entregou o celular, mas mesmo assim foi baleada.
O ciclista foi atingido no pescoço e encaminhado ao Hospital das Clínicas, mas não resisitiu aos ferimentos. Ele tinha 46 anos, era natural de Minas Gerais e trabalhava como professor de ciclismo. Estava a caminho de uma aula e parou na calçada por apenas alguns minutos para enviar uma mensagem.
Os policiais analisam imagens de câmeras de segurança da região para tentar identificar os criminosos. A moto estava com a placa adulterada.