O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta quinta-feira (13), sobre o avanço da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu. Segundo o petista, que está na Suíça, as democracias correm risco.
"Eu tenho dito para todo mundo que nós temos um problema de risco da democracia como nós a conhecemos porque o negacionista nega as instituições, ele nega aquilo que é o Parlamento, a Suprema Corte, o Poder Judiciário, o próprio Congresso, ou seja, são pessoas que vivem na base da construção de mentiras”, declarou Lula.
“E você sabe qual é a desgraça da primeira mentira? É que você passa o resto da vida mentindo para justificar ela. Então, as pessoas que aprendem a fazer política mentindo passam o resto da vida mentindo, porque ele não pode desmentir o que ele falou", completou Lula.
Para Lula, o avanço da extrema-direita é um perigo, mas acredita que também é um alerta. “As pessoas que têm sentido em respeitar a democracia, têm que brigar para que a democracia prevaleça na Europa, na América do Sul, na América Latina, na Ásia, em tudo o que é lugar”, pontuou.
Lula participa, nesta quinta-feira (13), da conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, na Suíça, que terá como tema central a justiça social. Antes de embarcar para o evento, Lula afirmou que vai à OIT para ser “o representante dos trabalhadores”. Ele abrirá o encontro e reiterará o posicionamento brasileiro contrário à desigualdade e à exclusão social.
Cúpula do G7
Após a conferência em Genebra, Lula viaja para a Itália onde participa da Cúpula do G7, reunião de líderes de sete das maiores economias do mundo. O evento ocorre de 13 a 15 de junho em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul do país. Além das reuniões ampliadas de trabalho, a agenda do presidente prevê encontros bilaterais com autoridades.
O G7 é composto pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Até 2014, a Rússia integrava o grupo, que era conhecido como G8, no entanto, foi expulsa devido à anexação da Crimeia, até então vinculada à Ucrânia. Em termos econômicos, o G7 hoje já não abrange as sete maiores economias do mundo, já que, segundo o Fundo Monetário Internacional, em 2023, China e Índia são, respectivamente, a segunda e a quinta maiores.
As cúpulas do G7 costumam contar ainda com a presença de países convidados, e a expectativa é que, desta vez, o presidente brasileiro fale sobre temas como trabalho decente, combate à fome e taxação dos super-ricos.
Esta é a oitava vez que Lula participa da Cúpula do G7. As seis primeiras ocorreram nos dois primeiros mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. Desde então, o Brasil não comparecia a um encontro do grupo. A sétima participação do presidente brasileiro foi no ano passado, na cúpula em Hiroshima, no Japão.