Mahsa Amini: 40º dia de luto registra aumento de violência policial no Irã

Mahsa Amini morreu em 16 de setembro, três dias após ser presa por suposta violação do código de vestimenta islâmica para mulheres

Por Felipe Kieling

O Irã registrou mais um dia de muita violência em decorrência da morte da jovem Mahsa Amini. Após 40 dias de luto, cerca de 10 mil pessoas foram ao túmulo da iraniana, onde prestaram homenagens e protestaram contra o governo que tem políticas repressivas contra mulheres.

Por conta da proibição de aglomerações decretada pela polícia, bombas de gás lacrimogênio foram jogadas para dispersarem os manifestantes, além do uso de munição real.

O governo não cita números oficiais, mas ONGs afirmam que pelo menos 50 pessoas ficaram feridas só na última quarta-feira (26). Outras cidades iranianas, além Saqez, registraram protestos e tensões.

Desde o início da onda de protestos pela morte de Mahsa, cerca de 250 pessoas morreram. A maioria dos óbitos foi de mulheres menores de idade, pois os atos acontecem, principalmente, em universidades e escolas. As mulheres pedem o fim da obrigatoriedade do véu.

Jovem, de apenas 22 anos e de origem curda, morreu em 16 de setembro, três dias após ser presa em Teerã por suposta violação do código de vestimenta islâmica para mulheres. A morte indignou a população iraniana e de outros países, o que gerou atos com forte repressão policial.

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