Nesta quarta-feira, 24, completa seis meses da guerra na Ucrânia. A invasão das tropas russas de Vladimir Putin aconteceu na madrugada do dia 24 de fevereiro, com ataques de bombas e mísseis em cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev. O confronto não tem previsão ou perspectiva para acabar.
Por coincidência, nesta quarta-feira é o Dia da Independência da Ucrânia.
Em pronunciamento pela rede social, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky disse que “neste dia em diferentes circunstâncias, condições e até em diferentes fusos horários, mas com um único objetivo: preservação da independência”.
Zelensky ainda diz que o país luta para que as crianças ucranianas sejam livres, tenham o direito à felicidade e a oportunidade de realizar este direito “porque a luz sempre vence a escuridão”. Ele também cita o preço da liberdade e independência do povo ucraniano, mas tem gratidão a todos que perderam a vida durante os seis meses de guerra, que não vai parar de lutar pela Ucrânia e que acredita na vitória do país.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em seis meses:
- 5.587 civis morreram, sendo 360 crianças e adolescentes;
- O número de feridos é estimado em oito mil, mas deve ser maior já que o acesso à informação é difícil na região;
- O governo ucraniano confirmou a morte de nove mil soldados durante esse período.
Desde fevereiro, mais de 10 milhões de pessoas migraram para outros países da União Europeia. Estima-se que, nesse período, quatro milhões de pessoas tenham feito o caminho inverso, ou seja, voltaram para a Ucrânia.
Os Estados Unidos, ao temer novos ataques, emitiu um alerta para que os norte-americanos deixem a região de Kiev, pois acreditam que nas próximas horas haverá uma ofensiva militar russa contra a infraestrutura e civis que permanecem na cidade.
Motivos da guerra
A invasão aconteceu no dia 24 de fevereiro e a principal alegação de Vladimir Putin, presidente da Rússia, para justificar a invasão é a possibilidade da Ucrânia ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan. A Rússia é contra o avanço das tropas ocidentais no leste europeu