Um bielorrusso e duas organizações, uma ucraniana e outra russa, foram anunciadas como vencedores do Nobel da Paz deste ano. A revelação causou surpresa, já que, tradicionalmente, ocorre em Oslo, Noruega, quando as outras categorias divulgadas recebem medalhas, certificados e valores em dinheiro.
Os vencedores são
Ali Bialiatski: contra o regime autocrata em Belarus, o ativista nasceu na Rússia em 1962. Segundo o Comitê do Nobel, ele foi um dos que iniciou, na década de 1980, movimentos democráticos no país do Leste Europeu aliado ao governo de Vladimir Putin. Sem ceder na luta pelos direitos humanos, Bialiatski segue detido sem julgamento.
Memorial: criada em 1987, na então União Soviética, a organização luta pelos direitos humanos. O russo Andrei Sakharov, ganhador do Nobel da Paz, é um dos fundadores da entidade. Após o colapso do regime socialista, a ONG cresceu e se tornou a maior no segmento dos direitos humanos na Rússia.
Centro para as liberdades civis: fundado em Kiev, em 2007, a organização atua pela promoção dos direitos humanos e democracia na Ucrânia. Após a invasão do país pela Rússia, a entidade se emprenha em identificar e documentar crimes de guerra cometidos pelo Kremlin contra civis.
Premiação
O prêmio para os vencedores de todas as categorias anunciadas ao longo desta semana consiste em uma medalha e diploma, além de um valor em dinheiro, 10 milhões de coroas suecas (919 mil euros no câmbio atual), neste ano, a serem divididos entre os reconhecidos.