ONU pede apoio de países no Dia Mundial dos Refugiados: 'Não são apenas números'

Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, a data alerta que é dever de todos proteger os refugiados, criando soluções para realojar pessoas e apoiar famílias

Da Redação

ONU pede apoio de países no Dia Mundial dos Refugiados: 'Não são apenas números'
ONU pede apoio de países no Dia Mundial dos Refugiados
REUTERS/Stoyan Nenov

Em mensagem divulgada para o Dia Mundial dos Refugiados nesta terça-feira (20), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) António Guterres ressaltou que mais de 100 milhões de pessoas que vivem em países abalados por conflitos, perseguições, fome e crise climática foram forçados a fugir de suas casas. 

“Não são apenas números, são mulheres, crianças e homens que fazem viagens difíceis e muitas vezes enfrentam violência, exploração, discriminação e abuso”, declarou o secretário-geral da ONU. Para Guterres, a data alerta que é dever de todos proteger e apoiar os refugiados, criando soluções para realojar pessoas e apoiar famílias a reconstruírem suas vidas com dignidade.

Ele cita o Pacto Global para Refugiados, que prevê mais apoio internacional aos países anfitriões para aumentar o acesso à educação de qualidade, ao trabalho digno, à assistência médica, ao alojamento e à proteção social. 

Inclusão e apoio aos países

O Acnur, Agência da ONU para Refugiados, defende que a inclusão é a melhor forma de apoiar os refugiados no exílio, prepará-los para que possam ajudar na reconstrução de seus países quando as condições permitirem seu retorno, ou para prosperar caso sejam reassentados em outro país.

No entanto, a agência reforça que os países anfitriões não podem fazer isso sozinhos: a comunidade internacional deve intensificar e fornecer os recursos financeiros para permitir a implementação de políticas. 

Para Grandi, é necessário mais comprometimento para incluir refugiados na sociedade, seja em escolas, locais de trabalho, sistemas de saúde e além, permitindo que os refugiados possam recuperar a esperança longe de casa.

A agência faz um chamado para que líderes cumpram com sua responsabilidade de intermediar a paz para que a violência pare e os refugiados possam voltar para casa com segurança e voluntariamente.

Situação de afegãos no Brasil 

Cerca de 148 afegãos estão no terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, esse é o maior número desde o começo do ano. A maioria dos refugiados são famílias com mulheres e crianças pequenas, todos fugiram dos conflitos e da violação dos direitos humanos no Afeganistão. 

O Brasil é um dos principais destinos pela facilidade para conseguir um visto humanitário. No período de um ano e meio, cerca de 7 mil documentos foram emitidos aos afegãos. 

Segundo a prefeitura de Guarulhos, todas as vagas em abrigos disponibilizadas pelos governos municipal e estadual estão ocupadas. Gustavo Henric Costa protocolou pela segunda vez um ofício ao Ministério de Portos e Aeroportos para que a cidade possa ser reconhecida como "fronteira do Brasil" por causa da chegada dos refugiados. 

Dessa forma, o município pode ter acesso a recursos característicos de políticas públicas para lugares que acolhem pessoas que fogem dos países em guerra. A partir das 6h, o repórter estará no Aeroporto para abordar o assunto.

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