Durante a pandemia de covid-19, a saúde mental de muita gente ficou comprometida. Aconteceu com a Júlia Bercial. Ela, porém, recebeu o apoio do pai para superar a depressão. E a dança deu outro norte para a vida dela e da família.
“Eu não conhecia aquela Júlia triste. Eu me sentei, um dia desses, na cama dela, e ela virou para mim e perguntou: ‘Pai o que o senhor está fazendo baixando um aplicativo de dança? Você não sabe nem dançar’. Você acha que eu não sei dançar. Levante dessa cama”, narrou Marcos Bercial, pai da Júlia.
A Júlia ficou sem entender, a princípio, mas, depois, percebeu que aquilo seria um baita remédio para o momento difícil que passava.
“A gente viralizou e as pessoas, realmente, estavam gostando de assistir. A gente meio que fazia entretenimento para outras pessoas que não estavam bem na pandemia”, contou Júlia.
O que era para ser uma brincadeira entre pai e filha para tirar Júlia daquele quadro de depressão, virou uma inspiração para muitas outras famílias.
Um estudo aponta que houve um aumento de 41% dos casos de depressão entre o período pré-pandemia e primeiro trimestre deste ano. Envolver-se com dança e música pode ajudar as pessoas a saírem de um período difícil para a saúde mental.
“Se ela tiver um lar, um ambiente mais acolhedor e se os pais estiverem, emocionalmente, mais equilibrados, isso reduz o nível de ansiedade e depressão de uma criança, jovem”, explicou a psicóloga Cristiane Pertusi.