O piloto que morreu na queda do avião de pequeno porte na Avenida Marquês de São Vicente, em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (7), foi identificado como Gustavo Medeiros e tinha mais de dez anos de experiência.
Natural de Indaiatuba, no interior de São Paulo, Gustavo se formou em ciências aeronáuticas na PUC do Rio Grande do Sul (PUC-RS), trabalhava como piloto em uma companhia aérea e como piloto particular. Ele também era formado em administração.
Gustavo Medeiros estava no avião com o advogado Márcio Carpena, que se formou na mesma faculdade e atuou como professor licenciado na instituição. Ele também morreu.
Márcio Carpena havia comprado o avião em dezembro de 2024. Pouco antes do acidente, Carpena publicou nas redes sociais uma foto da aeronave pronta para decolar, dizendo que iria de São Paulo a Porto Alegre.
Carpena deixa esposa e três filhos. Além de advogado, ele publicava vídeos e conteúdos sobre desenvolvimento pessoal. Ele era sócio da Carpena Advogados, que trabalhava com direito empresarial e fazia consultoria jurídica em âmbito nacional.
Queda de avião em avenida de São Paulo
Um novo vídeo obtido pelo Bora Brasil mostra a queda do avião na Avenida Marquês de São Vicente, Zona Oeste de São Paulo, por outro ângulo. Nas imagens, obtidas pelo repórter Felipe Garraffa, a aeronave aparece caindo a poucos metros de diversos carros que trafegavam pela via.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a aeronave atingiu a traseira de um ônibus e um ponto de ônibus. O capitão Maycon Cristo confirmou a morte de duas pessoas carbonizadas. Outras seis pessoas foram atingidas em solo e socorridas pelas equipes de resgate no local.
Relato de testemunha
Cristiane Dias, testemunha da queda, contou ao Bora Brasil que o acidente pareceu uma “explosão de filme”. Ela estava no primeiro carro da fila da rotatória, e o avião caiu logo em frente.
“Tinha levado minha filha para a escola e estava parada na rotatória, bem atrás da faixa, eu era o primeiro carro esperando o farol abrir. De repente, escuto um barulho com se fosse de batida, não sei se ele bateu em alguma árvore ou fio antes de colidir no chão”, declarou a testemunha.
“Quando olho para a minha direita, ele veio caindo, e eu vi que era um avião branco com as faixas azuis. Ele bate no chão bem na minha frente, mas ele não explode na hora que ele bate, e vai se arrastando. Quando vai onde ele está agora, acho que é a hora que ele encontra com o ônibus, aí tem a explosão. Explosão de filme”
Nota oficial da FAB
A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que, nesta sexta-feira (07/02), investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em São Paulo (SP), foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PS-FEM, em Barra Funda (SP).
Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação.