Polícia faz operação contra empresa de telecomunicações associada ao tráfico no RJ; veja as imagens

Segundo as investigações, são cerca de 20 mil clientes e um faturamento bruto mensal de mais de R$ 1 milhão

Marcus Sadok, no Bora Brasil

Donos de uma empresa provedora de internet, telefonia e TV a cabo são os principais alvos da Operação Tráfico.com da Polícia Civil. O objetivo da corporação é desarticular a quadrilha que se associa a facções criminosas, como o Comando Vermelho, para explorar serviços com exclusividade nas favelas do Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, são cerca de 20 mil clientes e um faturamento bruto mensal de mais de R$ 1 milhão.

De acordo com a Polícia Civil, a empresa prestadora de serviço paga valores semanais aos chefes do tráfico de diferentes comunidades para que outras empresas que prestam o mesmo serviço sejam impedidas de atuar nesses locais. Os investigadores classificam a ação como monopólio que favorece o provedor associado ao crime organizado.

Segundo funcionários de empresas como Oi, Vivo e Claro, traficantes expulsam das comunidades os técnicos que tentam instalar redes que não sejam do provedor associado ao tráfico, fazendo ameaças com armas de fogo.

Os traficantes também vandalizam as redes instaladas, cortando cabos e ateando fogo em equipamentos, além de impedir com ameaças o reparo dessas redes pelos funcionários das concessionárias.

Além das favelas dominadas pelo CV, a Polícia também descobriu que comunidades ligadas ao Terceiro Comando Puro na capital fluminense, Cabo Frio, São João de Meriti e Niterói, também contam com atuação da empresa. O sinal de TV do grupo fica na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro.

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