A Polícia Federal encontrou duas armas e R$ 148 mil em espécie na casa da deputada Lucinha (PSD), apontada como integrante do braço político da milícia no Rio de Janeiro. Ela foi alvo de uma operação na segunda-feira (18), que segue nesta terça (19) cumprindo mandados de prisão e busca e apreensão para sufocar as organizações criminosas na região.
Nesta terça, o alvo é o núcleo financeiro da milícia. Pelo menos três pessoas foram presas, um fuzil foi apreendido e mais suspeitos podem ser presos, já que os agentes cumprem 12 mandados de prisão preventiva. Além disso, os policiais cumprem 17 mandados de busca e apreensão.
A ação visa desmantelar o núcleo financeiro, identificando toda a estrutura de imposição de "taxas" ilegais a grandes empresas e pequenos comerciantes locais, bem como as contas correntes beneficiárias de tais cobranças.
Lucinha era apelidada de ‘madrinha’ por milicianos
A Polícia Federal afirma que a deputada estadual Lucinha, do PSD, era chamada de ‘madrinha’ pela liderança da milícia comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho.
A Justiça também determinou o afastamento imediato das funções legislativas e proibiu a deputada de manter contatos com determinados agentes públicos ou frequentar a Assembleia Legislativa. Os agentes estiveram no gabinete e em imóveis da parlamentar e de uma assessora dela.
As investigações apontam a participação ativa da deputada estadual e da assessora na organização criminosa, especialmente, na articulação política junto aos órgãos públicos.
Segundo a PF, a atuação de Lucinha tinha o objetivo de atender aos interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção.