A polícia investiga a morte de uma mulher depois de um procedimento estético no Rio de Janeiro. A família diz que o médico foi negligente. Ele nega.
Maria Jandimar Rodrigues morreu após se sentir mal durante um procedimento estético realizado em uma clínica que fica em um prédio comercial na zona norte da capital fluminense.
A filha da autônoma, que estava inconsolável durante o enterro, relembrou que viu a mãe passando mal no estacionamento do estabelecimento.
“Eu assisti tudo, eu vi massagem cardíaca, eu vi respiração boca a boca, eu falei ‘você que é o médico?’ e ele ficou calado e não me respondeu, não falou nada e minha mãe ali no chão”, contou Brenda Rodrigues, filha da vítima.
O marido de Maria, assim como a filha da vítima acreditam ter sido um erro médico. A defesa contratada pela família vai pedir que a investigação do caso saia da delegacia de Vicente de Carvalho e vá para a Delegacia de Homicídios.
“Não é só o caso da minha esposa não têm outros casos também que outras pessoas relataram que estão na Justiça contra esse médico e estão lutando. Que esse caso seja o último”, disse Wagner Vinicius.
A Polícia Civil já interditou para perícia a clínica de estética. Maria já havia passado por uma outra hidrolipo, só que nas costas, no último dia 10. O procedimento foi realizado pelo mesmo médico. Alguns dias depois, ela passou mal e resolveu ligar para uma funcionária da clínica.
O médico colombiano Brad Alberto Sanmiguel, responsável pelo procedimento apresentou um certificado que comprovou habilitação para fazer o procedimento de hidrolipo.
“Ele é médico com registro aqui no Brasil e ele não se furtou ao apresentar o socorro a sua paciente porque foi ventilado ‘ah que ele queria se evadir do local’, isso é uma inverdade”, disse Hugo Novais, o advogado de defesa do médico.
No dia da morte de Maria, Brad foi até a delegacia e liberado após apresentar documentação da clínica. Nos próximos dias, ele será intimado a depor. A família da vítima vai prestar depoimento nesta segunda-feira (20).
