A Prefeitura de São Paulo negou que o muro da Cracolândia tenha sido instalado para “confinamento” dos dependentes químicos que frequentam a região, no Centro da capital, para consumo de drogas. De acordo com a gestão de Ricardo Nunes (MDB), a estrutura foi colocada para “proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, além de moradores e pedestres”.
Após a divulgação e a repercussão negativa do caso, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo recomendou a retirada do muro, alegando que as instalações representam "arquitetura hostil" com "finalidade espúria de afastar a população em situação de rua".
Em nota, a prefeitura respondeu que “contesta a divulgação de ilações sem fundamentos a respeito do trabalho de acolhimento e assistência à saúde sem precedentes que está sendo feito pela atual gestão na Cena Aberta de Uso (CAU) na Rua dos Protestantes”.
“O muro mencionado pela reportagem foi instalado no início de 2024 onde já existiam tapumes de metal para fechamento de uma área pública. A troca dele foi realizada para proteger as pessoas em situação de vulnerabilidade, além de moradores e pedestres, e não para ‘confinamento’”, diz o comunicado.
“Os tapumes eram quebrados com frequência, oferecendo risco de ferimentos a essas pessoas. Por isso, a substituição por alvenaria”, completa.
A construção tem cerca de 40 metros de extensão e 2,5 metros de altura. Além da substituição dos tapumes pelo muro, a gestão municipal informa que fez melhorias no piso da área ocupada para as pessoas em situação de vulnerabilidade.