No presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, para onde foi transferido um dos líderes da facção Comando Vermelho, Fernandinho Beira-Mar, as luminárias das celas são blindadas e por isso seria impossível uma fuga como a que aconteceu em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Pela unidade, já passaram criminosos perigosos como Marcinho VP e Elias Maluco. Atualmente, são cerca de 120 detentos, entre eles Glaidson Acácio dos Santos, o "faraó dos bitcoins", que aplicou golpes bilionários com criptomoedas.
A Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, é a mais antiga das prisões federais. Foi inaugurada em 2006. Nunca houve sequer tentativa de fuga ou rebelião. Mesmo assim, todos os procedimentos de segurança estão sendo revistos.
Drones com câmeras térmicas fazem voos noturnos no entorno da unidade. Nos próximos dias serão instalados ainda detectores faciais nos portões de entrada.
"A gente fez um pente fino, não só aqui, mas em todas as unidades, tanto nossa equipe de estrutura quanto a equipe de segurança passou por toda a unidade fazendo esse check, tanto de luminárias quanto de shaft, quanto de teto e controle de acesso e até de procedimentos”, disse Rodrigo Porto, diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas
A equipe da Band entrou com exclusividade nas celas do regime disciplinar diferenciado, mesma ala onde estavam detidos os dois fugitivos de Mossoró. Nelas, há um espaço onde eles tomam banho de sol. Do outro lado, uma cama, mesa e um banquinho, tudo de concreto. Ao fundo há o vaso sanitário e uma pia. Na parte de cima, difícil de ver, há um buraco por onde cai a água para eles tomarem banho.
E há a luminária por onde os fugitivos escaparam em Mossoró. Só que em Catanduvas, um detalhe: em 2018 ela foi trocada e agora é de metal blindado.