Projetos de futebol ajudam meninas a conseguirem bolsas no exterior

Projetos de futebol feminino dão aulas para adultas e ajudam adolescentes a conseguirem bolsas em escolas nos EUA

Evandro Almeida Jr, no Bora Brasil

Muitas meninas querem ser jogadoras profissionais de futebol e atuarem por grandes clubes. Outras, querem usar o esporte como financiamento de estudos em universidades no exterior. 

A estudante Beatriz Ferreira Alves, por exemplo, usa com orgulho a camisa da Alex Morgan, a jogadora favorita dela e quer muito ser uma jogadora. "Ter essa oportunidade, poder jogar, poder fazer o que ama e uma coisa muita gratificante" Quero se jogadora profissional, meu maior sonho".

Já Giulia Ferrarez Dorin quer usar o esporte para entrar em uma universidade no exterior. "Meu sonho é continuar com futebol, mas também que o futebol abra portas como estudos. Eu pretendo fazer faculdade no exterior e que o esporte me ajude nisso", disse. 

Júlia Vergueiro saiu do mercado financeiro para criar a Nossa Arena um espaço voltado só para prática esportiva feminina. Dando um local exclusivo para essas mulheres. 

"Foi um desafio fazer essa mudança de carreira e resolver empreender com isso, mas está sendo muito legal ver que todo o ecossistema do futebol feminino está crescendo junto", contou a reportagem. 

Em um outro projeto, as meninas jogam por lazer e para se divertir. Nayara Perrone fundou o Joga Miga em 2015 para dar espaço para as ‘minas’ jogarem. “Queríamos dar um espaço e fomentar isso para as mulheres em diferentes pontos de São Paulo. Hoje temos presença até em Belém do Pará”, explica a fundadora do projeto. 

As mulheres adultas também têm o espaço delas. Quem sempre quis jogar como a historiadora Bárbara Ferrarez, que aos 31 anos de idade realiza um sonho, pode aprender do zero. “É legal aqui porque eu não sei fundamentos, não sei dominar, chutar direito. E aqui elas incentivam a aprender e acompanham nosso desenvolvimento também”. 

A redatora Carolina Guedes jogava quando pequena com o irmão dela, mas ficou 10 anos sem sequer chutar uma bola. Ela pensava que era 'coisa de menino.' Hoje aos 28, chutou para longe o preconceito. “Jogava com meus irmãos e parei porque achava que não valia mais para mim, mas decidi voltar a jogar e no Joga Miga tenho uma família que me acolhe e incentiva”. 

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