São Paulo registra aumento de 33% em casos de meningite em 2023

Entre janeiro e junho deste ano, o estado confirmou 2.484 casos para todos os tipos de meningites e 177 casos foram a óbito

Por Cesar Cavalcante

São Paulo registra aumento de 33% em casos de meningite em 2023
Vacina contra meningite
Geovana Albuqurque/Agência Saúde DF

No primeiro semestre deste ano, São Paulo registrou 2.484 casos de meningite, o que representa uma alta de 33% em comparação com o mesmo período do ano passado, que registrou 1.869. Só em 2023, o estado já contabilizou 177 mortes pela doença. 

A meningite ocorre quando os microrganismos atacam as meninges, membranas que envolvem e protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. 

A funcionária pública Rosana Oda Porto passou por um susto recentemente. Ela foi diagnosticada com meningite e ficou internada por uma semana. “A princípio parecia muito típico de um resfriado comum. Eu tinha muita dor de cabeça, moleza, mal estar. E apesar de eu ter ido duas vezes ao pronto socorro, ninguém tinha fechado o diagnóstico. Até que, na terceira vez, eu estava tendo um descontrole físico. Me internaram, fizeram exames e confirmaram a meningite”, disse ao Bora Brasil. 

A meningite é mais comum em crianças menores de cinco anos, mas qualquer pessoa pode desenvolver a doença. E há vacina para o tipo bacteriano. No estado de São Paulo, a imunização contra meningite C foi ampliada neste mês de julho para crianças, adolescentes e jovens de até 19 anos, além de professores e profissionais da educação pública. A ampliação vale até durar o estoque adicional de 90 mil doses. 

Em relação à vacinação, no período de janeiro a março, a taxa de cobertura para a vacina Meningocócica C Conjugada nas crianças menores de 1 ano está em 81,3% e a meta de São Paulo é de 95%. A vacina faz parte da rotina de imunização das crianças que recebem duas doses, aos três e cinco meses de idade, e um reforço, preferencialmente aos 12 meses.

Atualmente, há também recomendação para a vacinação com Meningocócica C Conjugada em crianças com menos de 10 anos que perderam a oportunidade de serem vacinadas na idade recomendada e profissionais da saúde. 

Além da vacina Meningocócica C Conjugada, o Programa Estadual de Imunização recomenda a administração da vacina Meningocócica ACWY, nos adolescentes de 11 e 12 anos, como reforço ou dose única dependendo da situação vacinal de cada um. 

O público elegível para esse imunizante também foi ampliado,  até dezembro de 2023, para os adolescentes de 13 e 14 anos que perderam a oportunidade de serem vacinados na idade recomendada. A cobertura vacinal de adolescentes de 11 a 14 anos com doses acumuladas no período de 2017 a 2022 para a vacina Meningocócica ACWY é de 43,6%.

O público elegível que ainda não recebeu as vacinas Meningocócica C e ACWY ou não encerraram o ciclo vacinal, devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para regularizar a sua situação.

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