A cidade de Anamã, no Amazonas, está em estado de emergência devido à seca severa no estado. Por isso, o acesso às comunidades rurais está mais difícil. O Bora Brasil mostra os impactos da estiagem e a precariedade na qualidade de vida da população ribeirinha.
O regime das águas muda a paisagem/ no Rio Solimões, casas e plantações são engolidas pelo fenômeno das Terras Caídas. Anamã, a cerca de 160 km de Manaus já sofreu com a cheia e agora enfrenta a seca severa.
Na frente da Veneza do Amazonas, o rio virou um RIACHO, onde casas e comércios flutuantes disputam espaço com canoas motorizadas. Barcos maiores não chegam mais ao porto.
"Como fica mais distante para trazer os alimentos, as coisas se tornam mais caras", disse à Band o técnico em radiologia Ysam Sales Vasconcelos.
Dificuldade que já reflete nas prateleiras dos comércios das comunidades ribeirinhas que estão mais distantes. "Está um pouco vazio porque a gente não pode trazer de muito, que tem que vir de canoa, que de barco não está trazendo, a gente vem de canoa, aí e tem que ser de pouco", pontuou a comerciante Jucilene Aquino da Costa.
Caixas, bombas d'água e cestas básicas são entregues em caráter emergencial. O abastecimento de água potável está cada vez mais difícil para quem não tem poço artesiano. Agricultores e pescadores estão sendo severamente afetados pela seca histórica.
"Difícil. Administrar uma cidade pequena com recurso pouco, tendo cheia, seca todo ano, é dificultoso, mas a gente consegue resistir”, declarou o prefeito de Anamã, Chico do Belo.
Somente canoas pequenas conseguem navegar pelo estreito e raso canal que mostra o que tem no fundo. No Lago que leva o mesmo nome da cidade, os peixes foram para o grande rio e o acesso à comida está mais difícil.
Na comunidade Arixi, a escola está com ensino diferenciado. Muitos alunos não conseguem ir todo o dia para as salas de aula.