Faltam antibióticos em farmácias de São Paulo

Aumento de preços agravou falta de medicamentos também em 55% dos hospitais do Estado, segundo Sindihosp

Da Redação, com BandNews FM

As farmácias da cidade de São Paulo estão com falta de antibióticos. Nas últimas semanas, as caixas deste tipo de medicamento, praticamente, "sumiram" das prateleiras.

Com a chegada do frio e o aumento de casos gripais, a venda desses remédios cresceu e as drogarias não têm estoque suficiente para atender a demanda.

A enfermeira Michelle Pereira procura há mais de 10 dias o antiobiótico para a filha, de 2 anos de idade. Enquanto não consegue, a ouvinte da BandNews FM busca alternativas para tratar os problemas respiratórios da criança. 

“Sem o antibiótico, entrei só com corticoide, xarope de mel, inalação. Sou enfermeira, mas infelizmente nem toda mãe é enfermeira e consegue driblar fazendo inalação com bronco-dilatador e manter a calma com seu filho tendo falta de ar. Nós sofremos junto. Rezando para que meu filho não piore”, conta. 

De acordo com os depoimentos recebidos pela "Central de Ouvintes", a maior dificuldade tem sido para encontrar nas farmácias e drogarias os antibióticos, genéricos e similares, de Amoxicilina e Azitromicina.

Os dois são usados no tratamento de diversas infecções bacterianas e indicados, principalmente, no tratamento de doenças respiratórias.

“Desesperador”

A fonoterapeuta Claudia Carvalho fez uma verdadeira "peregrinação" nos últimos dias para encontrar os medicamentos para o filho.

“Chega a ser desesperador. Tenho um filho, Joaquim, de 2 anos. Ele teve problemas respiratórios. O médico passou antibiótico e corticoide. O corticoide achei na quarta farmácia que procurei. O antibiótico, fui em pelo menos sete farmácias para poder achar. Nenhuma tinha. Fiquei rodando com meu marido e foi bem difícil de achar”, lamenta. 

Preços altos

Nesta  semana, uma pesquisa realizada pelo SindHosp, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, apontou que 55% dos hospitais têm problemas com medicamentos, agravados pelo aumento de preços.

Os três medicamentos mais citados, que estão em falta ou com estoque abaixo do nível de segurança, são: Dipirona, Dramin, B6 e Neostgmina.

A Abrafarma, a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, afirma não ter recebido nenhuma notificação das redes associadas e por isso não vem se posicionando à respeito.

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