A família de um copiloto luta na Justiça para que a Marinha e a Aeronáutica retomem as buscas pelo avião onde ele estava. O profissional sumiu há sete meses, após a queda da aeronave em que estava.
“Minha vida continua parada, continuo gritando socorro pelas redes sociais, pedindo que voltem as buscas, pedindo apoio. A minha vida continua assim”, conta Ana Regina Agostinho, que é mãe do co-piloto José Porfirio de Brito Júnior, de 20 anos.
O bimotor em que Júnior estava ia em direção ao Rio de Janeiro e tinha saído de Ubatuba, no litoral paulista, por volta das 20h30 do dia 24 de novembro do ano passado e caiu pela região. Só foram encontradas uma poltrona do avião, a mochila de Jose Porfirio e uma das asas do bimotor.
Além do copiloto, estavam no voo o piloto Gustavo Carneiro, de 27 anos, e Sergio Alves Dias Filho, um empresário de 45 anos. Só o corpo de Gustavo foi localizado por equipes da Força Aérea brasileira. Em dezembro, a família de José Porfirio foi informada pela Marinha que as buscas tinham sido encerradas.
“Nós é que entramos em contato com a Marinha nos 10 dias de busca. Eles estiveram no primeiro dia e retornaram no quinto dia após o clamor das redes sociais, e terminaram no décimo dia e desde então o único contato foi: estamos encerrando as buscas e nada mais”, contou.
Na época, a FAB explicou "que a operação de busca e salvamento pela Aeronáutica poderá ser reativada se justificada por meio do surgimento de novos indícios sobre a aeronave ou seus ocupantes".
A família entrou com uma denúncia no Ministério Público federal para que a Marinha desse retorno do que estaria sendo feito e até agora nada. Sete meses depois a mãe de Jose Porfirio ainda tem esperança.
“O que me dá forças hoje é a que minha fé em Deus que meu filho ainda está sim com vida em algum lugar e que está sobrevivendo porque ele é muito esperto ele fez curso de sobrevivência na selva, eu creio nesse milagre, eu espero este milagre”.