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Merendeira que sobreviveu a ataque que matou educadoras em SP relata "milagre"

Ação de criminosos com 16 tiros matou a diretora Jessica Frazão e a professora Marli Gomes

Da Redação, com Bora SP

A polícia segue na busca pelos suspeitos de envolvimento na morte de uma diretora e uma professora, que foram fuziladas por engano durante um assalto em Guaianases, na última segunda. As informações são de Marcelo Moreira, no Bora SP.

Em depoimento à polícia, a merendeira que sobreviveu ao ataque dos criminosos contou detalhes da ação com pelo menos 16 tiros de fuzil e pistolas que mataram a diretora Jessica Frazão, 31 anos, e a professora Marli Gomes, 42 anos, e disse que está “viva por milagre”. Ela está sob tratamento com calmantes após o crime.

Segundo Gilbor Miter Junior, delegado do caso, disse que o veículo dos criminosos colidiu com o gol preto em que ela estava com as colegas. Depois, os criminosos desceram e começaram a fazer os disparos. Ela disse que, quando conseguiu descer do veículo, depois dos tiros, um dos criminosos queria saber dos malotes com o dinheiro do posto. 

A investigação acredita que as vítimas foram confundidas com uma suposta escolta armada de um empresário, que teria acabado de recolher o movimento do final de semana de sua rede de postos de combustível.  

No carro das vítimas, os peritos encontraram pelo menos 11 marcas de tiros de fuzil 556. Jéssica, a diretora da creche da prefeitura, estava ao volante quando foi fuzilada, Marli morreu no banco de trás e a merendeira, que estava ao lado de Jéssica, escapou por um milagre depois de se agachar. 

Durante a ação, a quadrilha chegou a roubar um malote com o dinheiro do dono da rede de postos, que vinha no carro que estava atrás, conforme mostra registro de uma câmera de segurança (veja acima). Os bandidos também levaram as bolsas das vítimas. 

A diretora, a professora e a merendeira seguiam para o trabalho a CEI Jardim Lapena, na região de Itaquera, na zona leste de São Paulo. As três se conheceram na creche e para dividir o valor do combustível, pegavam carona com Jéssica.  

A quadrilha abandonou um carro usado na ação e que pode ajudar na identificação dos integrantes do bando. Para a polícia, eles tinham informações da rotina do empresário, dono da rede de postos. O veículo passou por perícia na delegacia. 

Esta é a segunda vez, que o empresário é vítima de um roubo. Em 12 de abril, bandidos armados invadiram o posto, que fica a 200m do local do duplo homicídio.  

Até agora, nenhum suspeito foi preso. As educadoras foram enterradas na última terça (25), em Ferraz de Vasconcelos. 

Testemunha conta detalhes do assassinato de professora e diretora; assista

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