Muro desaba e interdita condomínio na zona oeste de SP

Moradores foram obrigados a deixar os apartamentos e quem permanece está desde o fim de janeiro sem gás encanado

Por Elaine FreiresLuiz Delboni

Um condomínio da zona oeste de São Paulo está interditado há uma semana, após muro de uma escola desabar sobre o terreno. Moradores foram obrigados a deixar os apartamentos e quem permanece está desde o fim de janeiro sem gás encanado.

No dia 30 de janeiro, o talude da Escola Estadual Professor Manuel Ciridião Buarque invadiu o mezanino do prédio, onde fica o estacionamento.

Vídeos feitos por moradores mostram a enorme quantidade de terra, entulho e árvores. Tudo foi arrastado para a rua Cerro Corá. Desde então, não há mais abastecimento de gás nos apartamentos.

Em um primeiro momento, a Defesa Civil fez uma interdição parcial, mas desde a última quarta-feira o bloqueio é total para os 56 apartamentos, como explica a síndica Elis Coelho.

 “Atualmente, 17 imóveis permanecem ocupados, porque os moradores não têm para onde ir. Quem está no prédio toma banho gelado e não cozinha, porque estamos sem gás”, reclama.

Os moradores que ficaram no prédio não querem falar porque temem que os imóveis sejam desvalorizados, após o que aconteceu.

A permanência deles se baseia num laudo emitido por engenheiros contratados. No documento, os profissionais afirmam que não há problema de o prédio cair.

A Subprefeitura da Lapa reforça a necessidade de realização de obra emergencial para contenção do barranco.

A reponsabilidade é da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que informou ter conseguido a autorização da Defesa Civil para dar continuidade ao processo na área externa.

Apesar das aulas serem mantidas na Escola Manuel Ciridião Buarque, o pai de um aluno Diego Asla está preocupado com a situação. “Ficamos com receio de que ocorra algum problema na infraestrutura do colégio”, comenta. 

De acordo com o governo de São Paulo, unidade escolar recebeu no ano passado R$ 237 mil para a manutenção e cuidados com ambiente escolar, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola.

Já os moradores só podem mexer na área do condomínio quando a Secretaria da Educação terminar as ações no talude do colégio.

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