Ainda com aspecto operário, a Vila Madalena foi tomada por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), além de professores, artistas e intelectuais a partir da década de 70. Na região, o Beco do Batman hoje atrai turistas e moradores por ter uma das maiores exposições de grafite a céu aberto no país.
“Aqui é muito diferente, tem uma galeria de arte ali do lado e ver as pinturas em grafite”, diz o estudante Jefferson Oliveira valorizando a variedade do local.
Algumas quadras de distância do Beco do Batman, a marca é a boemia. O jeitão da vila foi tomando forma ao longo do tempo, a cultura passou por transformações, os bares se profissionalizaram e a região ficou mais regrada, com limite de horários e para organização.
O cruzamento das ruas Fidalga e Aspicuelta é uma das portas de entrada da Vila Madalena, é para onde os turistas vão quando querem conhecer o bairro, a vida boêmia de São Paulo. Durante o dia poucos carros passam pelo local, mas a noite a rua fica completamente ocupada.
À noite, já há alguns anos, começou um movimento de ocupação das ruas. As pessoas deixaram de pagar para entrar nas baladas e passaram a ficar nas ruas e calçadas. Com esse movimento de ocupação das ruas, os bares mantiveram as bandas, mas para um público que fica na maioria do lado de fora. A vila tem de tudo e para todos.
“Várias festas e o lugar te acolhe muito bem. Acho super bom”, disse a estudante Mariana Alves. “Muito pagode, muita pessoa bonita, muito samba, muito sertanejo, muito tudo”, afirma Vanessa Batista, auxiliar administrativo.
Se tem uma coisa que os frequentadores da vila concordam, seja o público do rock, do rap, do funk, samba, pagode, psicodelia, do reggae, ou qual o for o estilo, é que existe, sim, amor em São Paulo e se existe mesmo, ele está na Vila Madalena.