Bora SP

Variante ômicron coloca Réveillon na Paulista e Carnaval de SP em discussão

Na capital paulista, a festa da virada na Avenida Paulista ainda está mantida

Maira Di Giaimo, da Rádio Bandeirantes no Bora SP

Com a chegada da variante ômicron ao Brasil, as festas de Réveillon em São Paulo estão em cheque. Na capital paulista, por enquanto, a festa da virada na Avenida Paulista está mantida. Nas ruas a realização da festa deixa algumas pessoas desconfiadas. 

“Tantas pessoas juntas desse jeito é bastante preocupante”, diz a estudante Amanda Vasconcelos. “Eu acho que é um absurdo na época que a gente está vivendo de doença que pode estar vindo outra cepa”, opina a professora aposentada Maria da Conceição. 

Na cidade de São Paulo, a Avenida Paulista é o principal palco da virada do ano. No Réveillon de 2019 para 2020 cerca de duas milhões de pessoas estiveram no local. A menos de um mês para o fim do ano a Prefeitura confirma que a festa ainda está mantida. 

A justificativa é o alto índice de vacinação na cidade. Todos os adultos já estão com duas doses ou a dose única. Entre crianças de 12 a 17 anos, cerca de 60% estão totalmente imunizadas. “Não é total confiança de que não vai pegar covid, mas já é muito melhor”, disse a modelo Vitoria Dabus. 

Para o especialista ouvido pela reportagem, as quatros semanas que faltam para a virada do ano não serão suficientes para esclarecer as dúvidas em relação à nova variante. 

“Nós não temos uma bola de cristal para conseguirmos dizer como vai estar a situação epidemiológica daqui a seis, sete ou oito semanas. Uma variante que está associada a uma rápida disseminação. Todos os países que tem a ômicron já é a variante que está predominando e seria completamente irresponsável fazer algo sem saber do comportamento dessa variante com números mais reais”, explica Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia Unesp.

Até o carnaval os especialistas já terão mais informações sobre a ômicron, mas algumas cidades na Grande São Paulo já cancelaram o evento é o caso de Ribeirão Pires, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo e Rio Grande da Serra.

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