Consultar um médico e fazer exames anuais pode ser considerado um tabu para muitos homens. O medo tem gerado vários problemas para a saúde masculina e, além do câncer de próstata, um outro perigo é o câncer de pênis. Para se ter uma ideia, o Brasil é um dos países que concentra o maior número de casos da doença no mundo. A informação foi divulgada pelo urologista Flávio Iizuca, entrevistado na Rádio Bandeirantes neste sábado (14).
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Na conversa, o especialista explicou que o alto índice de casos se dá pelo receio dos pacientes em realizar os exames e pela falta de educação sobre o tema. “Isso tem relação com higiene ruim e com crianças que não são devidamente tratadas quando tem fimose. Quando se faz a cirurgia da fimose, por exemplo, você reduz a incidência de câncer de pênis, permite uma higienização adequada e reduz a incidência de DST”, explica.
De acordo com Iizuca, atualmente muitas epidemias de doenças, como sífilis e gonorreia, não estão sendo divulgadas. Por isso é tão importante a existência do novembro azul, mês que representa a campanha pela prevenção da saúde masculina. “Ainda existe muito preconceito com o exame de próstata. Muito homem tem medo do toque retal e isso é uma grande bobagem. O homem precisa ter consciência de sua saúde e se tratar. Fazer a prevenção é uma prova de coragem, é cuidar de si mesmo.”
O especialista revela ainda que muitos vão ao consultório pela primeira acompanhados de uma mulher, que às vezes é esposa ou filha, e não sabem do que se trata a consulta. “Depois disso, não tem mais jeito, eles precisam ser examinados, fazer exames e percebem que não era nada tão difícil quanto imaginavam. O exame de próstata é indolor, rápido e muito importante. É ele quem pode detectar o câncer que, se em fase inicial, pode ter 98% de chance de cura”, justifica. O exame de próstata é indicada a partir dos 40 anos para negros e pessoas
Vale ressaltar que, na fase inicial da doença, o câncer não manifesta sintomas. “Quando a pessoa procura o médico com vontade de urinar toda hora, quando tem sangue na urina, dores nos ossos ou insuficiência renal, tudo já está avançado e pode ser tarde demais”, lamenta.
Assista a entrevista completa:
