Abdelmassih sai da cadeia e vai para hospital; Gil Rugai passa para o semiaberto

Kelly Dias

A decisão de transferir o ex-médico Roger Abdelmassih para o hospital penitenciário do estado de São Paulo foi do ministro do STF Ricardo Levandowski, que alegou situação conflitante entre os relatórios médicos de Abdelmassi que constam no processo. 

Na decisão, Levandowski diz que reconhece a gravidade dos crimes cometidos pelo ex-médico, mas faz-se necessário a concessão de habeas corpus.

A situação prisional de Abdelmassih, de acordo com Levandowski, deverá ser decidida após um novo laudo pericial junto ao Instituto Médico Social e de Criminologia de SP.

Abdelmassih cumpre pena na penitenciaria de Tremembé desde 2010. Em julho deste ano, teve a prisão domiciliar suspensa pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que entendeu que a condição de saúde dele não dependia de tratamento em casa. Em outubro, a decisão foi mantida. 

A prisão domiciliar de Abdelmassih havia sido concedida pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, já que um perito apontou uma piora no estado de saúde dele e a impossibilidade de tratamento eficiente estando em cárcere. 

O ex-médico foi condenado a 173 anos de prisão por 48 estupros de 37 pacientes.

Semiaberto para Giu Rugai

Giu Rugai também teve um benefício concedido pela Justiça. Foi condenado a 33 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato do pai e da madrasta, em Perdizes, zona oeste de São Paulo.

O publicitário e ex-seminarista vai passar para o regime semiaberto, tendo direito às saídas temporárias no decorrer do ano. A progressão de pena foi concedida pela mesma juíza que havia autorizado a prisão domiciliar a Abdelmassih. 

Apesar do parecer contrário do Ministério Público, a magistrada Sueli Zeraik de Oliveira Armani relatou que o resultado do exame criminológico de Gil Rugai foi considerado. 

O assassinato dos publicitários Luiz Carlos Rugai e Alessandra de Fátima Troitino, pai e madrasta de Gil Rugai, aconteceu em 2004. Em 2020, o STF manteve a condenação de Gil Rugai depois que a deFesa do publicitário pediu a anulação do júri e solicitou um novo julgamento.