Preso suspeito de matar Brent Sikkema, sócio de uma galeria de arte no Rio de Janeiro, Alejandro Trevez já conhecia a vítima antes do crime. O cubano foi preso nesta quinta-feira (18) pela Polícia Civil em Minas Gerais. Segundo a Polícia, o suspeito e a vítima chegaram a se encontrar em julho do ano passado. Um ano antes, o cubano solicitou refúgio no Brasil. Segundo os investigadores, Alejandro estava em São Paulo antes de cometer o crime.
Apontado como o autor do assassinato, Alejandro Trevez conseguiu entrar no imóvel da vítima usando uma ferramenta para abrir a fechadura. Em depoimento informal, ele negou o crime. Câmeras de segurança mostraram que o motorista vigiou a casa do galerista durante 14 horas, sozinho em um carro.
Segundo o laudo cadavérico do Instituto Médico Legal, o galerista foi morto em casa com 18 facadas, a maioria no rosto e no tórax. “Foi uma ação premeditada e cruel. Ele esperou o melhor momento para entrar na casa da vítima. Não arrombou a porta. Ficou 15 minutos lá”, diz Felipe Curi, delegado responsável pelo caso.
Depois do assassinato na capital fluminense, Alejandro começou a se deslocar pelo Sudeste e foi para Minas, onde foi localizado dormindo dentro do veículo em um posto de gasolina. No caminho, ele descartou o carro usado no dia do crime e comprou um modelo mais antigo. Contra Alejandro foi cumprido um mandado de prisão temporária. Policiais Civis cumpriram ainda mandados de busca e apreensão na casa do suspeito em São Paulo.
Polícia quer ouvir ex-marido de Brent Sikkema
A Delegacia de Homícidios quer ouvir o ex-marido cubano do galerista que foi assassinado no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Os investigadores vão começar a apurar uma eventual relação do ex-companheiro de Brent Sikkema no caso.
Brent e o ex-marido disputavam judicialmente a guarda do filho. Hoje, a linha de investigação da morte do americano é de latrocínio, roubo seguido de morte, mas a Polícia não descarta outras possibilidades.