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Advogados chamam mãe de Henry Borel de 'mentirosa' e criticam carta

Representantes de Leniel Borel acreditam que texto apresentado pela defesa de Monique Medeiros é tentativa de sensibilizar a sociedade

Da Redação, com Brasil Urgente

Representantes de Leniel Borel acreditam que texto apresentado pela defesa de Monique Medeiros é tentativa de sensibilizar a sociedade
Representantes de Leniel Borel acreditam que texto apresentado pela defesa de Monique Medeiros é tentativa de sensibilizar a sociedade
Reprodução/Instagram

Os advogados do pai de Henry Borel, Leniel, criticaram nesta segunda-feira (26) a carta divulgada na véspera pela mãe do menino, Monique Medeiros, no programa Fantástico, da Rede Globo.

Em entrevista ao Brasil Urgente, Ailton Barros chamou Monique de “mentirosa” e afirmou que o texto apresentado pela defesa dela no fim de semana é utilizada “com o objetivo de tentar colar uma nova versão sobre os fatos”.

“Se Deus quiser, ela vai ter uns 25 anos (na prisão) para escrever cartas e mandar - não para a sociedade brasileira através de um programa de televisão, mas para Papai Noel, para acreditar naquelas mentiras que ela fala lá”, disparou.

Na carta de 29 páginas, Monique acusa do padrasto de Henry - o vereador Dr. Jairinho, do Rio de Janeiro – de ameaçá-la. O menino morreu no dia 8 de março, no Rio; um mês depois, Monique e Jairinho foram presos.

No texto, Monique diz que o padrasto do menino é um homem violento e ciumento, e que foi orientada a mentir sobre a morte do filho em um primeiro depoimento. Familiares dela também estariam sendo ameaçados pelo vereador.

Ailton Barros ainda declarou que a carta é uma tentativa de “sensibilizar a sociedade” por parte de Monique a respeito de uma suposta coação, e fez críticas à mãe de Henry.

“Eu desafio mostrar uma cena de choro dessa mãe desde o falecimento do filho”, disse.

O ponto de vista foi semelhante ao de Leonardo Barreto, que também representa Leniel. Para o advogado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro tem informações suficientes para não acreditar na versão apresentada pela carta.

“A Polícia não é maluca, a Polícia não vai prender porque quer ou porque não gosta dela”, disse Barreto. “Você acha que o delegado não se preocupou com isso? Se ela estava sendo ameaçada, coagida, até em função do próprio Jairinho? Só que não existe nenhum fato, nenhum elemento probatório que corrobore com essa alegação dela.”

Segundo Leonardo Barreto, a carta pode ser uma estratégia da defesa de Monique, surgida durante o desenrolar das investigações.

“Para mim, o que aconteceu é que ela está pegando carona nos depoimentos das ex-namoradas do Jairinho, que alegavam que estavam sendo ameaçadas. Ela gostou dessa tese e abraçou como se fosse a dela”, avaliou.