O relacionamento entre a empresária milionária Anne Cipriano Frigo e o corretor de imóveis Vitor Lúcio Jacinto estava abalado nos últimos tempos. Vitor chegou a ir para o interior paulista para se afastar da mulher. Depoimentos apontam que ele classificava Anne como uma “bomba relógio”.
Quem teria intermediado a reconciliação entre o casal, pouco tempo antes do assassinato do corretor, foi uma conselheira espiritual conhecida como “Vida”, que cobrava da empresária pelas orientações.
De acordo com os depoimentos colhidos até agora e as mensagens encontradas em celulares apreendidos, Anne submetia cada decisão da vida dela à conselheira espiritual. Por isso, a mulher deve ser chamada para prestar depoimento. A expectativa da polícia é que ela possa ajudar a entender a crise no relacionamento de Anne e Victor que levou ao assassinato brutal do corretor.
A empresária negou ter encomendado a morte do companheiro em depoimento à polícia e disse que Vitor desviava dinheiro da fortuna dela. A polícia segue tendo como linha de investigação principal que ela é a mandante do assassinato.
“Pelo que consta até agora, a motivação é passional. Ela tinha ciúmes exacerbado, sempre estava quebrando celular dele, por ciúmes. No caso, ela teria mandado matar o Vítor porque ele a tinha traído e ele gastava muito, parece que estava gastando o dinheiro dela”, afirmou Fábio Pinheiro Lopes, delegado-chefe do DHPP, que está à frente do caso e relata a frieza de Anne.
Desde o início do período de isolamento da pandemia, o casal passou a ter duas casas. Anne ficava a maior parte do tempo no apartamento de 700 m² de um prédio de luxo na zona sul de São Paulo optava por permanecer sempre na casa de um condomínio de alto padrão, em Santana de Parnaíba, na grande São Paulo. O imóvel era alugado por R$ 32 mil mensais.
Assassino confesso, Carlos Alex Ribeiro de Souza disse que costumava visitar os dois endereços. Ele foi registrado por câmeras de segurança logo que matou Vitor, no dia 16 de junho, quando chegou de moto ao prédio da milionária para justamente confirmar que o corretor estava morto. As imagens mostram a conversa tranquila com os porteiros, que já o conheciam, e sorri diante da câmera.
Funcionário de Anne, Carlos afirmou que receberia R$ 200 mil pelo assassinato. A Justiça já autorizou também a quebra do sigilo telefônico dos aparelhos de Carlos, Anne e Vitor, que passarão por uma varredura completa da polícia científica. Até o momento, não há indícios de participação de alguma outra pessoa no crime.
O corpo da vítima foi encontrado em 18 de junho, em uma região próxima à represa de Guarapiranga, na zona sul. Anne Frigo foi presa em 29 de junho.
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