Atriz tem celular clonado, e quadrilha pede US$ 10 mil para devolver contas

Lu Baierle teve limite do Pix alterado por criminosos para transferência de dinheiro

Carol Mattos, do Brasil Urgente

De uma hora para a outra, Lu Baierle ficou com a vida inteira paralisada. A atriz e modelo teve o chip e o número de celular clonados por quadrilhas especializadas em roubos via Pix.

“Eu tinha passado algumas mensagens de WhatsApp. Eu vi, verifiquei que as mensagens não entravam para a pessoa. E, a partir daí, as minhas contas foram todas clonadas. Desde e-mails, Instagram, eu não tive mais acesso a nada”, contou.

“O Pix eu não conseguia fazer a troca de senha e não conseguia excluí-lo das minhas chaves. Não conseguia nem visualizar as minhas chaves Pix”, acrescentou.

A vítima montou um dossiê com todas as ameaças e tentativas frustradas de recuperação de todas as contas e senhas. Não bastasse todo esse transtorno, com todos os dados pessoais, a quadrilha ainda conseguiu alterar pelo celular o limite das transferências via Pix - mais de R$ 300 mil.

“Eu fiquei apavorada. Isso é inacreditável. Aí você pensa: construindo isso, trabalhando, tendo planos com o meu dinheiro, e as contas todas preparadas para, de repente, te roubar”, desabafa.

Além de hackearem todas as redes sociais e e-mails da artista, os bandidos começaram ainda a fazer ameaças e enviar mensagens em árabe pedindo uma recompensa de US$ 10 mil (mais de R$ 56 mil) para devolver as contas pessoais de Lu Baierle.

“Você se sente completamente sozinha e sem conseguir tomar uma atitude que realmente eficaz, ‘não vou mais ter problemas’”, afirmou.

O caso está sendo investigado pelo 27 DP, do Campo Belo, zona sul de São Paulo. A Polícia Civil trabalha agora para identificar e prender a quadrilha. Além do crime de estelionato, a quadrilha pode ainda ser indiciada por extorsão.

Mesmo com uma nova rede social e contratos de trabalho prejudicados, de uma coisa Lu tem certeza: Pix, nunca mais.

“Tenho medo de ter o Pix. Eu não quero mais ter o Pix, porque é melhor deixar uma transação que não seja tão rápida a sair o dinheiro da sua conta, e que seja um Doc, um Ted, qualquer outro tipo de transação, mas que o banco tenha uma visualização, e que não esparrame seu dinheiro”, afirmou.