Antes de morrer, o delegado Mauro Guimarães Soares deu sete tiros no bandido que o matou com apenas dois disparos. O caso aconteceu na Zona Oeste de São Paulo, quando um falso entregador abordou o agente do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para roubar uma correntinha de ouro.
A informação da quantidade de disparos foi informada pelo delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Deic, em entrevista ao Brasil Urgente. Na ocasião, lamentou o óbito do colega de corporação.
“O delegado tentou reagir e deu sete tiros no criminoso, e o criminoso deu dois nele. Infelizmente, [o delegado] veio a óbito e o criminoso não morreu. É uma coisa que a gente acaba não entendendo. [O delegado] é uma pessoa que sempre trabalhou pela justiça, é pai de família, e acaba morrendo com dois tiros. Já o criminoso, que só faz mal para a sociedade, toma sete tiros e está vivo”, disse o chefe do Deic.
Já identificado, o bandido tem quatro passagens por roubos, inclusive à mão armada, foi condenado em 2023 e cumpria medida cautelar nas ruas. Essas informações foram divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
“É um criminoso cheio de passagens, por roubos, por outros crimes. O cara estava de medida cautelar nas ruas. Se a lei não mudar, a sociedade está frita. Aconteceu com um delegado, mas poderia acontecer com promotor, juiz, político”, completou Fábio Lopes.
Com 59 anos, Mauro caminhava com a esposa, também delegada da Polícia Civil de São Paulo, no bairro Vila Romana, quando foi abordado pelo bandido. O criminoso estava de moto, possivelmente na companhia de um comparsa, quando escolheu o alvo e anunciou o assalto.
Mauro Soares era filho de um ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. Além da esposa, um irmão era delegado de classe especial.