Na ação em que bandidos explodiram caixas eletrônicos de um supermercado em Parelheiros, na zona sul de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (7), os criminosos pretendiam usar até 60 passageiros de um ônibus articulado como escudo humano para retardar a ação da polícia. As informações são de Marcelly Setúbal, no Brasil Urgente.
Nas imagens captadas por câmeras de segurança do local (assista no vídeo acima), os criminosos aparecem armados na rua e dando diversos tiros. Testemunhas relataram pelo menos 10 minutos com disparos e explosões.
O impacto das explosões danificou o teto e a parede do estabelecimento.
A quadrilha ainda tentou desviar a atenção dos policiais para a fuga. Primeiro, impediu a passagem de um ônibus articulado e obrigou que os passageiros descessem. O ônibus ficou completamente destruído com o impacto das bombas. Em outro ponto, os bandidos tentaram atear fogo contra outro ônibus.
Apesar da ação, os bandidos não conseguiram levar nada dos caixas eletrônicos. A polícia trabalha para identificar o bando, que segue foragido. Não houve registro de feridos graves no ataque.
Motoristas relatam terror em ação de criminosos
Os tiros de fuzil e metralhadora disparados pelos criminosos foram para aterrorizar as cerca de 60 pessoas do ônibus usado para distrair a polícia após a ação. O objetivo era usar os passageiros como escudo humano, caso a polícia aparecesse.
O motorista do coletivo, que pediu para não ser identificado, relata os momentos de terror na mão dos criminosos.
“Colocaram [os passageiros] todos enfileirados. Em seguida, vieram as explosões e eles dando vários tiros para cima. Toda hora atirando”, relembrou.
Durante as explosões, o motorista ainda tentou correr, mas foi impedido pelo bando para manobrar o veículo e deixá-lo atravessado para impedir a chegada dos policiais.
O ataque coordenado começou momentos antes, quando dois criminosos tentaram colocar fogo em outro ônibus, mas os funcionários da empresa conseguiram apagar as chamas após os bandidos deixarem o local.
O motorista, que está há 29 anos na profissão, lamenta a falta de segurança para os trabalhadores.
“A gente fica assustado, né? Mas é o dia a dia de hoje de qualquer lugar que a gente está hoje, é perigoso”, analisou.