Barão do tráfico viajou para Dubai antes de operação da Polícia Federal

Comparsa de André do Rap, ele é considerado foragido e a Polícia Federal deve pedir a sua inclusão na lista vermelha da Interpol

Por Cesar Cavalcante

Barão do tráfico viajou para Dubai antes de operação da Polícia Federal Reprodução
Barão do tráfico viajou para Dubai antes de operação da Polícia Federal
Reprodução

Suspeito de ser um dos barões do tráfico internacional de drogas, Diogo Ferreira Mariano embarcou para Dubai, nos Emirados Árabes, antes de a Polícia Federal deflagrar a Operação Cascata.

Ele é considerado foragido e a Polícia Federal deve pedir a sua inclusão na lista vermelha da Interpol.

A Operação Cascata prendeu 27 pessoas, mas o cabeça do grupo é Diogo, aponta a investigação. Ele é suspeito de coordenar a logística do tráfico de cocaína, desde a produção na Bolívia, passando por estradas brasileiras, até a saída pelos portos de Santos e Itaguaí, com destino à Europa. 

Segundo a investigação da PF, o grupo usava o transporte de cargas de mercadorias ilegais, por meio de caminhões. Nos últimos dois anos, cerca de oito toneladas de drogas foram apreendidas. Pelo menos um desses carregamentos era do megatraficante André do Rap, integrante do PCC procurado pela Interpol, e que fez fortuna na exportação de cocaína. Diogo Ferreira Mariano já estava no radar da polícia, que acredita que sua viagem para os Emirados Árabes tenha sido a negócios.

Além do crime de tráfico internacional de drogas, a polícia também apura pelo menos dois assassinatos cometidos pelo grupo. Seriam pessoas responsáveis pela droga, que tiveram o carregamento apreendido e tiveram que pagar pelo prejuízo com a vida. 

As duas casas em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão pertencem a Diogo. Em uma tinha uma réplica da Mclaren de Ayrton Senna pregada na parede, além de relógios da marca rolex que chegam a custar até R$ 200 mil. Já em outra mansão, o traficante tinha a baía de Angra dos Reis à disposição para passeios de jet-ski.

A operação também contou com o apoio de mergulhadores do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar. A força tarefa encontrou 95 quilos de pasta base de cocaína escondida no casco de um navio.