Só o celular não é mais o alvo dos bandidos. Com o advento do Pix ficou mais fácil também o roubo de dados para roubar contas bancárias das vítimas depois do roubo do aparelho.
Nesta quarta-feira (16), a Polícia Civil prendeu um casal envolvido no crime no centro de São Paulo. Wesley de Moura e Fabíola Campelo Lopes fazem parte dos batedores de celular que agiram em uma das estações de trens, Metrô e ônibus mais movimentadas da capital, na Luz. As informações são de César Cavalcante, no Brasil Urgente.
Para chegar ao casal, os policiais observaram a aglomeração de pessoas na estação, muito intensa principalmente nos horários de pico. Aproveitando a distração dos passageiros, os bandidos esperavam a vítima entrar e no momento em que o trem estava fechando as portas eles agiam, puxando os aparelhos. E o crime que vinha a seguir gerava um prejuízo ainda maior.
Segundo a polícia, os celulares eram repassados a receptadores, que são hackers e conseguem invadir os aparelhos, mesmo com bloqueados por senha, reconhecimento biométrico ou facial. Eles acessam os aplicativos bancários e daí o estrago está feito. Por meio do Pix, fazem transferências e zeram o saldo. Em alguns casos contraem empréstimos e transferem tudo rapidamente para a conta de laranjas.
Na semana em que o Brasil Urgente mostrou casos violentos de sequestros relâmpago envolvendo o Pix, o Banco Central anunciou mudanças. O sistema vai contar com um mecanismo de devolução de valores suspeitos. Mas a mudança está prevista só para novembro.