Wanderson Mota Protácio, o caseiro de 21 anos suspeito de ter cometido três assassinatos no fim de semana em Corumbá de Goiás, cidade a cerca de 120 km ao norte de Goiânia, teria sido visto pela região nesta sexta-feira (3).
Pela manhã, um homem saiu de uma área de mata e apareceu em uma fazenda de Gameleira de Goiás – cidade a cerca de 100 km do local dos homicídios – para pedir emprego em uma estufa.
Na véspera, um homem que seria Wanderson pegou carona com um motoqueiro, partido de Abadiânia e chegando a Gameleira de Goiás. A distância entre a fazenda onde ele teria sido visto e o local onde desembarcou na véspera é de cerca de 10 km.
Quando percebeu que foi reconhecido, o suspeito acabou correndo. Funcionários da fazenda fizeram uma comparação da tatuagem que o caseiro fez no braço e têm absoluta certeza de os dois são a mesma pessoa.
Wanderson trabalhava como caseiro de uma fazenda em Corumbá de Goiás ao lado da família. Após uma discussão no domingo (28), ele teria matado a facadas a própria companheira, Ranielle Aranha Figueiro, de 21 anos, que estava grávida, e a filha dela, Geysa Aranha da Silva Rocha, de 2 anos.
Depois disso, foi até a sede da propriedade rural e furtou um revolver que estava escondido. Armado, foi até uma fazenda vizinha e matou o dono, Roberto Clemente de Matos, de 73 anos. A mulher de Roberto também foi baleada, mas sobreviveu.
Comércios da cidade de Gameleira de Goiás têm cartazes com a foto de Wanderson Protácio. Em parte das escolas da cidade, as aulas foram suspensas, já que muitos alunos são oriundos da zona rural.
A polícia desconfia da possibilidade de que o crime contra Ranielle tenha sido motivado por ciúmes. A mãe da jovem diz nunca ter presenciado agressões, mas desconfiava.
Outros crimes
Wanderson estava em liberdade desde março de 2020. Em 2019, ele tentou matar a irmã da madrasta a facadas, e ficou 92 dias na prisão.
O Brasil Urgente teve acesso à decisão da juíza Christiane Gomes Falcão Wayne, que contou na época com o apoio da promotora Melissa Sanchez Ita, representante do Ministério.
Na decisão, a juíza argumenta que a vítima “mudou para o estado do Maranhão e se encontra em endereço incerto, somado ao fato de que o réu não ostenta registros criminais anteriores”.
Ao longo da investigação atual, a polícia vai descobrindo crimes que Wanderson teria cometido antes do triplo assassinato. Em um deles, teria esfaqueado um taxista durante um assalto. Detalhes deste crime, porém, não foram divulgados.