A Polícia de São Paulo continua as buscas por Daniel Ospina Garcia. Ele é o principal suspeito de ter matado a facadas Sandra Maria de Souza Silva, de 34 anos, que foi encontrada morta ao lado do bebê de oito meses em um apartamento no centro de São Paulo.
Daniel é considerado foragido pelo crime de feminicidio e também pode responder por abandono de incapaz, já que deixou o bebê trancado por dois dias dentro do imóvel ao lado do corpo da mãe.
A prisão temporária do criminoso já está decretada pela Justiça. A Polícia Civil teve acesso a uma troca de mensagens entre ele com uma amiga do casal. Na conversa, o Daniel admite que cometeu o crime por raiva e sugere que Sandra teria feito um aborto de um filho seu. Só que no exame necroscópico, o IML descartou a gravidez.
O mexicano entrou de forma ilegal no país e usava um nome falso. Segundo a Polícia Civil, Daniel já está há muitos anos no Brasil. A primeira passagem dele pela polícia foi registrada em 2014.
O caso
Sandra Maria de Sousa Silva, de 34 anos, foi encontrada morta em um apartamento na Sé, bairro da região central de São Paulo, na tarde do último domingo (24). Segundo informações iniciais, ela ficou por dois dias sem atender ao telefone e nem responder mensagens.
No sábado (23), uma amiga que mora no mesmo prédio foi até o apartamento da cabeleireira, bateu várias vezes na porta, mas ela não atendeu. A amiga sentiu um forte cheiro vindo do interior do imóvel e decidiu chamar um chaveiro. Assim que o profissional abriu a porta, Sandra foi encontrada morta a facadas em cima da cama.
Ao lado, no berço, estava a filhinha de oito meses da vítima, há dois dias trancada no local com o corpo da mãe em decomposição. A criança tinha sinais de desidratação e marcas avermelhadas nas pernas, que segundo a equipe médica, podem ser de tentativas frustradas de sair do berço.
A mulher teria comentado com algumas amigas que o namorado tinha um comportamento agressivo e que, por isso, havia terminado a relação e pedido que ele fosse embora. Segundo testemunhas, o homem, identificado pela Polícia como Daniel Ospina, foi a última pessoa a ser vista no apartamento da vítima. Ele foi flagrado por câmeras de segurança chegando ao prédio duas horas antes do crime.
A ocorrência foi registrada como feminicídio e violência doméstica na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo.