Caso Vitória: motorista de ônibus diz que viu carro de suspeito perto de onde jovem desembarcou

Até agora mais de 20 depoimentos foram colhidos ao longo da investigação. Além do motorista, a namorada de Maicol também já foi ouvida

Por Mark Figueredo

Caso Vitória: motorista de ônibus diz que viu carro de suspeito perto de onde jovem desembarcou
Caso Vitória: motorista de ônibus diz que viu carro de suspeito perto de onde jovem desembarcou
Reprodução/Brasil Urgente

Um homem de 52 anos que caminha agora lado a lado com a polícia e é uma peça importante na investigação. O motorista do ônibus de um coletivo que atende a zona rural de Cajamar, aponta o carro de Maicol Antônio Sales, principal suspeito do crime, na rota de Vitória.

26 de fevereiro, dia do desaparecimento da adolescente, o percurso que o motorista faz todos os dias, naquela noite, as 23h30, chamou a atenção.

A testemunha resolveu no dia seguinte contar o que viu a namorada de Maicol. Ele é amigo da mulher e os dois trabalham na mesma empresa. A partir daí a versão do principal suspeito do crime, que chegou a contar a namorada que estava dormindo, começa a vir abaixo.

O motorista viu o carro de Maicol, que estava com a frente virada para a estrada de terra, estrada que vai até a casa de Vitória. Dois dias depois, que o motorista flagrou o carro de Maicol parado na estrada ele recebeu uma ligação do principal suspeito do crime em tom de ameaça.

Até agora mais de 20 depoimentos foram colhidos ao longo da investigação. Além do motorista, a namorada de Maicol também já foi ouvida. Os dois estão juntos há dois anos. Ela conta que no dia do desaparecimento de Vitória, não dormiu com Maicol, porque estava, na casa da mãe dela.

Maicol teria lhe enviado uma mensagem de boa noite por volta das 23h30, mas ela só viu no dia seguinte. A jovem de 28 anos, ao receber a informação de que o carro do companheiro foi visto parado na estrada teria pedido para que ele não mentisse, porque esse era o combinado entre os dois.

Maicol teve a prisão temporária decretada pela justiça no dia oito de março. No porta-malas do Corolla prata e no banheiro da casa do suspeito, investigadores encontraram sangue humano. A perícia deve apontar se o sangue é de Vitória.

O que aconteceu?

A Vitória trabalhava em um shopping da região e desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando voltava para casa após o expediente. Imagens de câmeras de segurança mostram Vitória caminhando em direção a um ponto de ônibus –  trajeto que costumava fazer diariamente. 

Dois homens em um carro pararam brevemente para conversar com ela. Desconfiada da abordagem, a jovem enviou mensagens para uma amiga, expressando seu desconforto com a atitude da dupla. 

Enquanto ela ainda estava no local, outros dois homens chegaram ao ponto e também permaneceram ali. Os três embarcaram no ônibus, mas, segundo Vitória, eles teriam descido antes dela.

De acordo com o  depoimento do motorista do ônibus, ela desceu sozinha no mesmo local de sempre, em uma estrada de terra do bairro Ponunduva, região de chácaras onde vivia com a família. Esse foi o último lugar onde foi vista.

Quando Vitória foi encontrada?

O corpo de Vitória foi encontrado na tarde de quarta-feira (5) em uma área de mata fechada em Cajamar, a cerca de 5 quilômetros de sua casa, já em estado avançado de decomposição. Ela foi identificada pelos familiares através de uma tatuagem de borboleta na perna e um piercing no umbigo.

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