O responsável pela investigação do acidente que resultou na morte de Marília Mendonça, ontem (5), já está em Piedade de Caratinga (MG). Segundo o tenente-coronel Silveira, do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), a investigação não pretende apontar culpados, mas sim prevenir outras tragédias.
A aeronave foi mantida no local do acidente para os trabalhos periciais, que devem ser o foco, hoje, da atuação dos técnicos. O que prejudica é o trabalho por lá é a cachoeira, extremamente escorregadia e que pode deslizar o bimotor. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Tenente Pedro Aihara, a fuselagem foi estabilizada para preservar a cena da tragédia.
“Desde ontem estamos engajados nesse acidente, quando iniciamos os procedimentos da ação inicial. É o que estamos fazendo aqui hoje. A ação inicial visa buscar as evidências com a maior amplitude possível. Hoje nós acessamos os destroços da aeronave”, explicou Silveira.
Não há, ainda, um prazo para a conclusão das investigações. “Essa pesquisa deve percorrer o dia todo. No dia de hoje não fazemos nenhuma análise ou estudo, isso vai ocorrer mais pra frente. Agora, precisamos realmente acessar os destroços e as evidências que nos ajudam a verificar os fatores contribuintes.”
O tenente-coronal disse ainda que conta com a ajuda dos bombeiros para acessar o local e que, de acordo com a legislação, a aeronave não tinha, por obrigatoriedade, que ter uma caixa-preta. Segundo ele, possíveis áudios do piloto com a torre de comando também serão apurados.