O irmão do adolescente que matou os pais adotivos marteladas em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, espera que o jovem cumpra a pena necessária após ser apreendido pelo crime. Em áudio exclusivo ao Brasil Urgente, ele citou que o menor era agressivo com os pais, que eram carinhosos com ele. 

“Convivi com meu irmão em 2019, durante três meses na finalização do meu ensino fundamental. Os pais sempre trataram ele com amor, carinho, muita dedicação. Só que o comportamento do meu irmão perante a eles era agressivo, arrogante, tinha que ser na hora dele, tinha dificuldade em dizer não. […] Então ele tinha esses comportamentos agressivos mesmo, era constante dentro de casa”, disse. 

Ele diz que não imaginava que isso iria acontecer. “Até porque ele não demonstrou arrependimento algum quando foi pego, nem na delegacia. Eu espero que ele cumpra a pena necessária, porque matar duas vidas, são vidas humanas, não é bicho, não é animal, é ser humano”, lamentou. 

O irmão do adolescente espera que ele fique preso pensando no crime que cometeu. “Isso é uma coisa desumana. Como irmão, não passo a mão na cabeça dele, e vai entregar na mão da Justiça e vai decidir o que vai fazer com ele", afirmou. 

Entenda o caso

Dias após o caso do adolescente que matou os pais e a irmã em São Paulo, outro menor, no Rio de Janeiro, foi apreendido por assassinar os pais em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o próprio jovem acionou a PM após colocar fogo no quarto onde os corpos dos parentes estavam. 

O adolescente matou Mariana Valente Abud de 56 anos e Luiz Cláudio Gonçalves Pinheiro de 58 a marteladas após uma discussão que, segundo ele, o assassinato teria ocorrido após eles proibirem o jovem de faltar na escola. Ele teria feito o pedido para poder descansar para uma aula de jiu-jitsu. 

A Polícia Civil informou que o adolescente não demonstrou remorso diante da situação e deu detalhes do crime. Ele admitiu ter matado os pais com golpes de martelo após uma briga por conta da dedicação dele na escola. O irmão mais velho do menor, que foi adotado por outra família, contou que o jovem sempre foi muito agressivo.

Segundo a polícia, após matar os pais, o jovem saiu para lanchar e na volta ateou fogo no quarto onde os pais dormiam e foram mortos. O casal morto tinha apenas o adolescente como filho.