A polícia da Itália prendeu esta semana mais quatro integrantes da máfia siciliana, ‘Cosa Nostra’. A operação no continente europeu é uma continuação dos trabalhos da polícia federal brasileira que apuram a atuação de uma célula da máfia italiana no Rio Grande do Norte. Os suspeitos são acusados de associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferências fraudulentas.
Em agosto, a PF prendeu em Natal, o empresário Giusepe Bruno, acusado de integrar a Cosa Nostra e de lavar 50 milhões de euros no estado do Nordeste em empreendimentos imobiliários
A investigação apurou que, há anos, a máfia da Sicília investia em negócios no Rio Grande do Norte para lavar o dinheiro ilícito arrecadado com os negócios da Cosa Nostra. A polícia federal acredita que a Cosa Nostra movimentou no Brasil 500 milhões de euros com a abertura de empresas em nomes de laranjas.
Dinheiro obtido com o tráfico internacional de drogas e extorsões na Itália e no Brasil. No cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão em Palermo, na Itália, foram apreendidos trezentos e 50 mil euros de nove empresas imobiliárias e restauração no Brasil, na Itália, na Suíça e Hong Kong.
Na fase da operação no Brasil, a justiça daqui, autorizou a apreensão de bens imóveis e o sequestro do dinheiro em contas bancarias dos suspeitos e as empresas de fachada. A investigação descobriu que os representantes da máfia italiana que atuavam no RN, moravam em flats de luxo, investiam em empreendimentos imobiliários e restaurantes de luxo
Em setembro, o ministério público federal denunciou seis brasileiros e três italianos por lavagem de dinheiro da máfia italiana no Brasil. Um dos acusados foi condenado em 2014 por assassinato de um compatriota em Natal. Além da capital potiguar, o grupo criminoso tinha negócios em outras duas cidades do interior do estado e na Paraíba.