Crescimento do PCC no litoral de São Paulo preocupa autoridades

Atuação da maior facção criminosa do país no Guarujá deixa autoridades em alerta

Marcelo Moreira

Crescimento do PCC no litoral de São Paulo preocupa autoridades
Polícia fecha o cerco em operação contra o tráfico de drogas no litoral de SP
Reprodução/Band

O ano que começou com a morte de sete policiais militares e 12 feridos a tiros, na Baixada Santista teve uma atenção especial do estado depois que um soldado da Rota foi executado no Guarujá.

Mas, não é de hoje que a violência na região assusta moradores, turistas e até as próprias autoridades de segurança pública. Só nos seis primeiros meses de 2023, os crimes patrimoniais na baixada tiveram um aumento de 52% em relação ao ano anterior. 

Um pouco antes do ataque a quatro policiais da rota, traficantes de uma comunidade da Praia da Enseada, também no Guarujá, gravaram um vídeo ostentando armas longas e convocando tropas especiais da PM para o confronto armado. A gravação que viralizou foi feita em frente a uma escola infantil. 

O combate ao tráfico de drogas na baixada já levou, em 11 dias, quase 200 pessoas para a cadeia, a maioria suspeita de tráfico de drogas. Nesta semana, foram apreendidos 21 quilos de pasta base de coca, avaliados R$ 1,5 milhão. Um duro golpe ao crime organizado que causa prejuízo as quadrilhas e com a presença de forças de segurança também diminuiu os roubos e furtos na região.

Para continuar o combate ao crime organizado, a secretaria de segurança pública, garantiu a presença dos 600 policiais na baixada por tempo indeterminado.

A presença da tropa de choque e de forças especiais da PM inibe os negócios da maior facção criminosa do continente, que usa justamente os terminais portuários de Santos e do Guarujá, para enviar cocaína pura para a Europa e o continente africano. 

Sob o comando de um dos maiores narcotraficantes do país, André de Oliveira Macedo, o André do Rap, que mesmo foragido continua tomando conta da exportação de drogas para a facção paulista. O que fez o PCC ocupar os morros e comunidades da baixada santista, se fortalecendo e armando cada vez mais, os soldados do tráfico.