Criminoso obriga vítima a se passar por namorada durante sequestro-relâmpago

Mulher foi abordada em shopping de São Paulo e perdeu cerca de R$ 8 mil

Lucas Martins, do Brasil Urgente

Uma mulher sofreu um sequestro-relâmpago neste domingo (12) em um shopping na zona leste de São Paulo, e foi obrigada a fingir ser namorada do criminoso para não levantar suspeitas. A vítima, cuja identidade foi preservada, não consegue mais ir a um shopping ou andar de metrô – por medo.

“Eu fiquei paralisada. Eu pensei: ‘Deixa ele fazer o que ele quiser, pegar tudo que ele quiser’. Porque eu só pensava realmente se ele ia me deixar viva, só isso. Aí ele podia levar o dinheiro que ele quisesse”, contou ela. “Eu fiquei paralisada. Quando eu cheguei no metrô, não conseguia me mexer. Eu não conseguia pega o celular, minha mão tremia.”

A assistente social aproveitou que estava indo de metrô para a casa de uma amiga e aproveitou que estava passando pela estação anexa ao shopping para fazer algumas compras. Mas acabou surpreendida na saída de uma loja pelo criminoso, que dizia estar armado, e obrigou ela a fingir ser namorada dele para fazer saques em caixas eletrônicos.

Os dois circularam pelo shopping de mãos dadas. O criminoso chamava a vítima de “amor”, abraçava a assistente social, fazia carinhos e a obrigou a dar beijos na boca.

“Ele me levou ao caixa eletrônico, nos sacamos primeiro em um banco R$ 1,5 mil; depois, no outro banco, mais R$ 1,5 mil. Só que aí não saca mais, aí a gente começou a andar no shopping na loja para fazer compra”, relatou.

Em uma loja de departamentos de uma grande rede, o criminoso obrigou a vítima a comprar perfumes. Diante da vendedora, conversava com ela como se fosse namorada. A tentativa de fazer um sinal pedindo ajuda não deu certo.

“Só na hora da loja que eu fiz esse sinal, falei que eu estava com fome”, contou ela. “Na hora do perfume, eu fiz com o olhar para a menina”, acrescentou.

O prejuízo total foi de quase R$ 8 mil, que a assistente social nem tinha em conta. Tudo, do limite do cheque especial e em compras do cartão de crédito.

Além do prejuízo, ficou o medo. “Ele só falava: ‘É só fazer o que eu mando, é só você obedecer’”, lembra.