
O DHPP investiga a informação de que os policiais envolvidos no assassinato de Vinicius Gritzbach teriam sido contratados por um empresário, preso na operação Tacitus, e um traficante conhecido como “Cigarreiro”.
A produção do Brasil Urgente teve acesso à informação através de uma fonte ligada à força tarefa.
Cigarreiro teria sido citado no depoimento da namorada de Gritzbach. Ela disse que quando o casal estava jantando num restaurante em São Miguel dos Milagres, em Alagoas, o delator contou ter visto um homem parecido com alguém que o ameaçava. A polícia acredita que o delator tenha se referido a cigarreiro, apontado por ele como o traficante que o sequestrou e o levou para o tribunal do crime em 2022.
Já o empresário e corretor de imóveis, também investigado como um dos mandantes, estava na delação e foi preso na Operação Tacitus, da PF. O Brasil Urgente teve acesso ao relatório da polícia federal que indica a ligação dele com membros do PCC.
Ele foi preso em um apartamento de alto padrão de mais de 200 metros quadrados e possui um sítio luxuoso à beira de um lago na cidade de Igaratá, no interior paulista. O sítio conta com barcos e até araras.
De acordo com a PF, ele confessou a prática de agiotagem para criminosos, um deles, um ex policial, que figura como réu por supostamente atuar como matador do PCC.
De acordo com a fonte ouvida pela produção do Brasil Urgente, o advogado conhecido como Mud, também estaria sendo investigado como um dos mandantes. Gritzbach entregou para polícia uma gravação na qual o advogado oferece R$ 3 milhões pela morte dele.
Mud também foi preso na Operação Tacitus. Segundo o relatório da Polícia Federal, ele movimentou em dois anos e meio uma quantia de mais de R$ 43 milhões. O relatório cita que Mud chegou a fazer pelo menos quatro transações imobiliárias com uma empresa de Vinicius Gritzbach.