Delegado alvo de operação teria recebido dinheiro de investigador preso por ligação com PCC

PF teria encontrado, no celular de um policial civil preso por envolvimento com Vinicius Gritzbach, conversas do agente com o delegado alvo da operação

Da redação

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo cumpriu mandados de busca e apreensão, em seis endereços da capital e Região Metropolitana. Um dos endereços pertence a um delegado de classe especial, com passagem por importantes departamentos da polícia, como o Denarc e o Deic.

A investigação da Polícia Federal teria encontrado, no celular de um policial civil preso por envolvimento com Vinicius Gritzbach, conversas do agente com o delegado alvo da operação desta terça-feira (4). 

Por meio de um aplicativo de mensagens, a PF identificou transferências bancárias periódicas do investigador para o delegado de classe especial.

As conversas teriam ocorrido em 2023, quando, à época, o delegado era chefe de uma divisão do Departamento de Homicídios e comandava o policial civil e outro delegado denunciado por envolvimento com o delator do PCC.

De acordo com o Gaeco, do Ministério Público de São Paulo, as transferências bancárias fazem parte de um esquema criminoso e corrupção dentro da Polícia Civil, dinheiro da chamada recolha.

Durante a busca e apreensão, a Corregedoria não encontrou o celular do delegado, que disse ter perdido o aparelho no dia anterior.

Durante a operação do MP, com o apoio da Corregedoria, os agentes estiveram no presídio da Polícia Civil, onde encontraram celulares com dois investigadores presos pela PF por envolvimento com um esquema de tráfico de drogas e também por suspeita na morte de Vinícius Gritzbach.

Para a Corregedoria, os celulares eram usados pelos dois acusados para coagir testemunhas e continuar a operar um esquema criminoso. Na operação de hoje, não houve prisão.

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