Eulalio Gomes, mais conhecido como Lalo, um dos parlamentares mais votados do Paraguai e apontado por ligação com o crime organizado do Brasil e Paraguai foi baleado e morto após tiroteio com policiais. O filho dele também disparou, conseguiu escapar, mas acabou preso.

A operação “Pavo Real II” foi desencadeada pelo ministério público paraguaio com apoio da polícia nacional contra a organização criminosa comandada pelo brasileiro Jarvis Jimenes Pavão, hoje preso em uma penitenciária federal no Brasil.

De acordo com a polícia paraguaia, Lalo Gomes tinha boa relação com Jarvis Pavão, com o clã mota e com o megatraficante conhecido como “cabeça branca”. O deputado tinha a intenção de eleger o filho, Alexandre Gomes, prefeito de Pedro Juan Caballero, e abrir caminho para se tornar o novo rei da fronteira, lugar vago desde a morte de Jorge Raffat, em 2016. 

Oscar Daniel Cabreira Pinazo, de 67 anos, também foi preso na operação. Ele é apontado como testa de ferro de Jarvis Pavão, conhecido como “senhor das drogas”.

O corpo do deputado vai passar por exame residuográfico para confirmar se de fato ele fez disparos contra a polícia. A família garante que o parlamentar foi executado na cama pelos policiais, que por sua vez dizem que Lalo Gomes estava armado e abriu fogo. O filho de Lalo deve prestar depoimento ainda nesta semana.