'Ele destruiu tudo', diz pai de menina morta e jogada em caçamba no RJ

Paulo Sérgio agradeceu ao apoio de comunidades da Ilha do Governador e da polícia em prender o assassino da filha

Da redação com Marcus Sadok

O pai de Sophia Ângelo, morta aos 11 anos e jogada em uma caçamba, disse que o homem que matou a filha dele destruiu uma vida inteira que ela teria pela frente. Paulo Sérgio conversou exclusivamente com o Brasil Urgente e também agradeceu o apoio das comunidades na Ilha do Governador. 

“Esse cara matou minha filha, deu 37 facadas, amarrou os braços dela, colocou um saco na cabeça dela, entendeu? Quero que vocês entendam o tamanho da atrocidade. Ele ainda estuprou a garota, 11 anos de idade, tinha uma vida inteira pela frente. Era super inteligente, amorosa, onde chegava todo mundo amava ela e ele destruiu tudo isso”, afirmou. 

A Sophia era amada por todo mundo, em todos os lugares que ela ia. O sonho dela era ser estilista, ela fazia balé, todo mundo amava essa garota, ela fazia várias atividades, gostava de desenhar, ela era um amor de pessoa. - Paulo Sérgio, pai da vítima. 

Paulo Sérgio citou que teve apoio da polícia e de todas as favelas na região da Ilha do Governador. “Todo mundo foi em peso fazer o protesto para me apoiar. Tá todo mundo revoltado com essa tragédia que vocês estão vendo”, pontuou.

O pai de Sophia Ângelo também pediu para pararem de culpar a mãe de criação de Sophia, que era irmã do homem que matou a criança. “A Edna, mãe que criou a Sophia está sendo hostilizada porque tinha escondido quando a filha foi abusada por ele. Mas peço para que confortem o coração de todos e parem com a hostilidade, não vai resolver nada. Quem tem que pagar é ele”, disse. 

Entenda o caso

Uma menina de 11 anos foi encontrada morta em uma caçamba de lixo na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O corpo de Sophia Ângelo, que estava desaparecida desde a manhã de segunda-feira (27), foi achado pela Polícia Civil. Um suspeito do crime foi preso e confessou o crime. 

Segundo informações do repórter Marcus Sadok, o principal suspeito e que confessou o crime era ex-cunhado do pai de Sophia, irmão da ex-madrasta da menina. O corpo da criança será encaminhado ao Instituto Médico Legal para exames necroscópicos. 

O pai de Sophia citou que o ex-cunhado já havia sido acusado anteriormente por crimes contra crianças. “Ele sempre teve esse perfil, outras três pessoas vieram denunciar ele por crimes contra meninas”, disse para o Brasil Urgente. 

A última vez que Sophia foi vista com vida foi ao sair de casa para ir à escola, às 7h de segunda, quando câmeras flagraram ela e o acusado andando no caminho até o colégio. Agora, a Polícia Civil investiga a motivação do crime. 

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