O DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) pediu uma ordem judicial para obter as imagens das câmeras de segurança de um restaurante de luxo nos Jardins, na zona sul de São Paulo, que flagram a milionária Anne Frigo comemorando o aniversário depois da morte do namorado enquanto fingia que Vitor Jacinto ainda estava vivo.
De acordo com informações conseguidas pelos investigadores, na noite do dia 20 de junho, cinco dias depois do assassinato do namorado, Anne marcou com amigos e jantou no restaurante. Durante o jantar, ela fingiu receber uma mensagem de Vitor. Na realidade, quem estava com o aparelho era o assassino.
A empresária está presa temporariamente e já prestou depoimento e disse que pagou R$ 200 mil para o corretor de imóveis que era amigo do casal, Carlos Alex Ribeiro de Souza.
O objetivo, de acordo coma versão da milionária, era produzir um dossiê para comprovar que Vitor estava desviando dinheiro da fortuna dela. Carlos já prestou dois depoimentos, confessou o assassinato e garante: a ordem da empresária era pra matar o namorado dela.
O dono da loja de carros onde este Porsche está à venda prestou depoimento ao DHPP. O carro foi presente de Anne para Vitor, e custou R$ 2 milhões. Depois da morte, a empresária liberou a entrada dos funcionários da loja no condomínio de luxo na Grande São Paulo onde o Porsche estava guardado.
Anne também foi até a casa de Vitor, contrariando recomendação da polícia, e foi registrada por câmeras de segurança. Depois, mandou empregados encaixotarem tudo que havia lá "prejudicando qualquer pericia futura no local".
A empresária tinha passagem comprada para viajar para fora do Brasil na quinta-feira. Só não embarcou porque foi presa na terça-feira, suspeita de mandar matar Vitor Lucio Jacinto. Anne, que tem um patrimônio declarado de R$ 50 milhões, disse que era apenas uma viagem de turismo, mas a polícia acredita que ela pretendia fugir.
