Nas delegacias, a palavra PIX reina nos boletins de ocorrência. A cada dia surge um golpe novo, um mais sofisticado que o outro, Como o da falsa delegacia.
Neste, a vítima conhece uma jovem atraente na internet e começa um relacionamento virtual, marcado pelo envio de fotos sensuais. Logo, surge uma suposta mãe dizendo que a garota é menor de idade e denunciando a vítima em uma delegacia que não existe. Para encerrar o caso, pede dinheiro. Um homem perdeu R$ 5 mil e outro R$ 80 mil.
A polícia já identificou as duas mulheres: mãe e filha, rastreadas por meio de movimentações financeiras.
Para a polícia, a regra de ouro é desconfiar de tudo e evitar cair em algum golpe da quadrilha do PIX. Muitas vezes o criminoso mora em outro Estado, usa o DDD da cidade da vítima e a conta bancária está em outro lugar. Quase sempre o golpe é feito pelas redes sociais.
O campeão é o golpe do WhatsApp. O bandido tem acesso aos contatos de uma pessoa, usa a foto dela no perfil e manda mensagem aos amigos e parentes dizendo que trocou de número e que precisa de dinheiro. Muita gente cai.
A dica: ao receber uma mensagem, ligue para a pessoa e confirme tudo.
Falsa delegacia
O golpe começa pela internet. Primeiro com trocas de mensagens, até com o pedido de fotos intimas. É nesse momento que a extorsão começa: a vítima recebe um vídeo de uma suposta mãe prestando queixa de que sua filha menor de idade estaria sendo assediada por um pedófilo.
Imagens mostram uma casa toda quebrada, com o televisor ligado, tudo revirado, e o motivo seria um ataque de revolta da suposta mãe da menina que recebeu as fotos e, agora, a conta teria que ser paga pela vítima.
Logo após a cobrança, aparece um falso delegado. Ele envia este vídeo para a vítima, com a afirmação de que a suposta mãe foi à delegacia para prestar depoimento. Mas tudo é uma farsa.
A delegacia que a falsa mãe presta depoimento tem até um banner da polícia civil do Rio Grande do Sul. Um suposto policial aparece com um distintivo de São Paulo.