Falsos policiais fazem reféns em SP; jovem foge de carro em movimento

Criminosos estavam com distintivos e disseram que havia um mandado de busca e apreensão

Lucas Martins, do Brasil Urgente

Uma mulher que estava saindo para trabalhar na zona leste de São Paulo foi surpreendida por volta das 7h30 da manhã por homens que se diziam policiais e tinham distintivos. Ela conta que foi chamada pelo nome - assim como os outros integrantes da família - e informada por eles de que havia um mandado de busca e apreensão contra o sogro dela. Depois disso, os criminosos invadiram a casa.

O procurado era o dono do imóvel, um ourives aposentado, que foi acordado com uma arma na cabeça, avisado do falso mandado. O homem conta que disse que ia levantar e chamar um advogado para resolver as coisas, mas que isso não foi aceito pelos invasores. “Foi aí que eu percebi que tinha algo errado”, diz.

A esposa do ourives conta que um dos criminosos falava frequentemente que mataria ela e o marido se não achasse as joias. Eles ficaram lá dentro por cerca de uma hora e não encontraram nada de valioso. O idoso foi amarrado e levou uma coronhada.

Um dos seis familiares feitos reféns, preso com fita adesiva, enviou um vídeo e um áudio no grupo da família para alertar que a residência havia sido invadida. 

Enquanto os homens disfarçados de policiais estavam lá dentro, os vizinhos perceberam a movimentação e chamaram a polícia. Atentos a essa situação, com um informante do lado de fora, os criminosos colocaram a neta do dono da casa, de 21 anos, no carro e até tentaram levar a avó dela, mas não conseguiram. “Pensei ‘eu vou morrer, eles vão me levar para algum lugar, me torturar, me matar”, conta a jovem.

Com os bandidos em fuga, ela pulou do carro em movimento a poucos metros da residência e teve ferimentos leves.

Os criminosos foram perseguidos e houve intenso tiroteio. Eles foram cercados pela polícia e um foi imediatamente preso. O outro fugiu para uma área de mata, não quis se entregar e foi alvo de tiros, sendo socorrido ao hospital da região. 

O caso vai ser investigado pelo 10º Distrito Policial, na zona leste de São Paulo.