A Polícia Federal aponta que familiares de Marcola presos em uma operação na quarta-feira (24) teriam movimentado pelo menos R$ 300 milhões em dois anos com negócios ilegais do PCC no Ceará. O valor é proveniente de negócios envolvendo o jogo do bicho, tráfico de drogas e armas.
O líder do esquema, de acordo com a PF, é Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho, sobrinho de Marcola. Ele morava em Itajaí, Santa Catarina, e a partir do sul do país gerenciava o crime no nordeste.
A investigação aponta que o PCC colocou parte da estrutura em outro estado e liderados pelo sobrinho de Marcola exerciam atividades clandestinas, como a lavagem de dinheiro das atividades ilegais em loteria esportiva
Além do sobrinho do Marcola, a cunhada do chefão do PCC também foi presa. Francisca Alves da Silva, conhecida como "Preta" foi presa em um condomínio de luxo em Arujá, na grande São Paulo. O nome dela chegou a aparecer na difusão vermelha da Interpol.
Também foram presos Geomar Pereira de Almeida — apontado pela Polícia Federal como bicheiro — a mulher dele e Menesclau de Araújo Souza Júnior, o Coxinha, acusado de gerenciar no Ceará os negócios dos irmãos Camacho. Com os suspeitos presos foram apreendidos carros de luxo, joias, relógios, R$ 100 mil em dinheiro, documentos e celulares.
A operação cumpriu 22 mandados de prisão preventiva, 36 mandados de busca e apreensão no Ceará, São Paulo, Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul, além do sequestro de 42 veículos.
A PF apurou ainda que parte dos R$ 300 milhões movimentados suspeitamente nos últimos anos seria na corrupção de servidores públicos. Dois policiais militares suspeitos de pertencerem ao núcleo logístico da facção tiveram as prisões decretadas. Marcola e o irmão Alejandro estão na penitenciária federal de segurança máxima, em Brasília.