A greve no transporte público de São Paulo causou confusão na manhã desta terça-feira (14) em quem se deslocava até terminais de ônibus para chegar ao trabalho.
“Eu levantei 3h30 da manhã. Ai você chega aqui e não tem ônibus. É uma vergonha.”, desabafou o porteiro Joelinton da Silva.
No terminal Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista, passageiros eram orientados pelos fiscais da SPTrans de que os ônibus não entrariam ali.
Mas os avisos não chegavam a todo mundo. Os passageiros tiravam dúvidas entre si e muitos permaneciam na expectativa de que algum ônibus chegasse.
Com 11 graus de temperatura, muitos sentiam frio enquanto permaneciam nas plataformas desorientados.
O auxiliar de limpeza Rodolfo Júnior se revoltou com a greve de ônibus e afirmou que teme perder o emprego.
“A situação é a seguinte. Eu estou na experiência. Estou precisando muito trabalhar. Ai eles param com o ônibus e minha situação fica difícil, porque se eu perder o emprego por causa deles, da situação que eles estão vivendo, eu fico desempregado”, desabafou.
Fim da greve
A greve dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo chegou ao fim na tarde desta terça-feira (14). A informação foi confirmada pelo prefeito Ricardo Nunes ao apresentador José Luís Datena, que fez o relato durante o programa Melhor da Tarde.
O repórter Lucas Jozino, da Rádio Bandeirantes, apurou que o sindicato patronal aceitou a reivindicação dos motoristas e cobradores para o pagamento do aumento de 12,47% nos salários retroativos a maio.
Em conversa com José Luiz Datena, no Brasil Urgente, o presidente licenciado do SindiMotoristas, Valdevan Noventa, disse que a greve pode ser retomada após cinco dias se as reinvindicações não forem atendidas.
"Foi um dia extenso para a gente. Foi uma reunião de mais de 5h para chegar nesse entendimento. Suspendemos a greve para a negociação de um prazo de cinco dias para negociar as demais causas de um acordo coletivo", disse.